Thais Campidelli de Freitas
A Branca e a Preta do Pai!
As agendas escolares sempre tiveram os seus rodapés preenchidos com datas.
Lá estavam “Dia dos pais”, “Dia das mães”, “Dia da bandeira”, “Dia da água”, “Dia do índio” e etc.
Existem vários “dias” conhecidos por todos nós desde pequenos (quem lembra dos trabalhos com cartolina, cola e recortes para comemoração do Dia do Folclore por exemplo?) e outros “dias” que só conhecemos se houver curiosidade de procurar saber.
Foi numa leitura de agenda escolar, que eu descobri que eu cheguei ao mundo no “Dia da Poesia”, pra quem não conhece é o dia 14/03.
Se eu fosse meio mística ou qualquer coisa do gênero, poderia pensar que esse dia seria o dia perfeito pra eu nascer, pois adoro escrever.
Pode até ser, vai saber...  
O que acontece é que hoje com a facilidade que existe para disseminar conteúdo, estamos descobrindo vários “dias especiais” sem mesmo ter que procurar.
É “Dia do rock”, “Dia do amigo”, “Dia da vovó” e eu acho até divertido esse lance de criar dias para se comemorar alguma coisa.
Não é à toa que eu adoro comemorar meu aniversário!
Nós já passamos tão em branco durante os outros 364 dias do ano, que não custa nada ter um dia pra chamar de “seu” ou compartilhar um dia com outras pessoas que tenham uma característica que você também tem.
Hoje fui surpreendida pela existência do “Dia do irmão”.
Eu sou uma irmã e também tenho uma irmã, logo esse tema me veio como inspiração.
Por curiosidade descobri que minha irmã nasceu no “Dia do ferroviário” e acho que talvez esse dia possa ser considerado um dia especial pra ela também hahahaha! 
Ela chegou na minha vida e na de meus pais como uma locomotiva que segue acelerada, nos carregou pra dentro de seu vagão especial e completou a nossa família para seguirmos viagem.
Depois dela caminhamos juntos e dali pra frente tudo era multiplicado por 4 e não mais por três.
Já que hoje é “Dia do irmão”, deixo aqui registrado que ter “um irmão” talvez seja a melhor coisa que já me aconteceu, pois com a chegada de mais uma pessoa para dividir tudo o que eu tinha, aprendi muitos dos valores que tenho hoje.
Aprendi a compartilhar tudo o que era meu, aprendi a respeitar, aprendi a cuidar, aprendia a amar...
Entendi que eu sempre teria alguém pra brincar quando eu quisesse, alguém pra bater bola comigo e substituir um paredão, alguém pra dormir comigo e me deixar sem coberta, alguém pra querer sempre um pedacinho de qualquer coisa que eu estivesse comendo, alguém que eu brigaria várias vezes, mas esqueceria em fração de segundos.
Alguém que me apoiaria no que eu precisasse, mas que me puxaria a orelha também. 
Alguém que vai faria parte de mim pra sempre!
Hoje com a chegada da idade adulta e da correria que essa fase da vida nos impõe, já sinto saudade dela e de todo o tempo que a gente já vivemos juntas.

Branquinha,

Feliz dia do irmão!

Te amo. 
2 Responses
  1. Malu Says:

    Que texto mais lindo, Tah!
    Quão bom é reconhecer o papel dessas pessoinhas que nos acompanham pela vida a fora, que quase sempre, conhecem o pior e o melhor de nós! Eu tenho 3 irmãos (duas meninas e um menino) mais novos, e sei que minha vida não teria o menor sentido sem eles!

    Beijos, e linda semana pra você!


  2. Que delícia, Malu!
    Eu adoro ter uma irmã, uma família grande como a sua deve ser bem legal :)
    Boa semana pra você também!
    Um beijão


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