Thais Campidelli de Freitas
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Existem dias que nos arrancaram suspiros de felicidade e sorrisos largos de alegria.
Em outros dias o que nos resta é apenas a reflexão e o conforto da reclusão de nossos pensamentos.
Aqueles solitários que só a gente conhece.
O dia de ontem foi um dia assim.
Um fato trágico na história desse país tira a vida de uma pessoa, como num passe de mágica se tira um coelho da cartola.
A velocidade dos fatos deixa qualquer um impressionado com a fragilidade do ser humano.
Ontem fiquei pensando nisso e pensei muito.
A morte é uma coisa triste e muitas vezes inacreditável, mesmo sendo a única certeza que temos na vida.
E ao pensar no que havia acontecido comecei a repensar a vida de maneira geral.
Não somos nada além de velas acesas que com um simples brisa podem se apagar.
Somos velas postadas em pé!
Somos velas mais cheinhas, mais finas, um pouco tortas, umas mais pra esquerda e outras mais pra direita.
Algumas vermelhas,  outras pretas, brancas, amarelas ou multicoloridas.
No fundo somos todos velas.
Cabe a nós cuidarmos da vela para que ela não entorte demais, não quebre e principalmente não apague.
O sonho de todo mundo é deixá-la apagar quando não houver mais nada pra queimar.
Quando nosso coração não aguentar mais bater e de preferência que isso aconteça enquanto estivermos sonhando, pois estaremos no melhor dos nossos mundos.
Então eu fiquei matutando que por mais que pareçe clichê realmente não podemos deixar nada pra amanhã.
Temos que fazer hoje e se possível agora.
Senti vontade de parar tudo o que estava fazendo pra dedicar 15 minutos a essas linhas.
Pra deixar aqui registrado o quanto eu sou grata a vida que tenho, a família que me cerca e apoia, aos meus amigos, ao meu trabalho e tudo aquilo que eu conquistei como pessoa.

Não há nada que eu possa pedir, pois tudo que eu poderia imaginar são apenas coisas.
O que eu preciso pra viver eu já tenho e sou muito feliz.

Muito obrigada, meu Deus! Por me permitir viver tudo isso!
3 Responses
  1. Sempre achei uma sutil ironia, e não menor poesia no apagar-se uma vela nas festas de aniversário. Agora, teu texto me empurra suavemente para uma doce emoção de refletir sobre a singeleza da vida, pela luz de uma vela. E atinges o mais profundo do meu coração quando dizes que tudo o que desejávamos era ao menos que a vela estivesse acesa até que não houvesse mais o que queimar, e que nossa vida terminasse num sonho. Não posso aplaudir uma tela de computador. Senão, ficaria de pé e aplaudiria. é o que somos, e é o que desejamos no mais profundo dos nossos desejos.
    Fizeste bem em agradecer o que tens em ti, o que és, o que vives. Coisas vão e vêm. O que temos em nós, o que somos, quem amamos, o que vivemos, isto é o essencial.
    E eu que não sabia porque gostava tanto, tanto de te ler... Eu amo profundidades!
    Beijosssssssss


  2. Malu Says:

    Oi, Thata!

    Vi seu texto um dia depois de postado, li e fiquei pensando sobre as verdades das suas reflexões. Acho que devaneei tanto, que acabei esquecendo de te deixar um "oi". Desculpe-me!

    Em tempo, sobre o seu post, ele me recordou que a vela sempre ta presente nas metáforas que escritores e poetas fazem sobre a vida. Talvez pela fragilidade de ambas... Não sei... O fato é que como a vela, nossa Vida também pode iluminar. E, quando conseguimos isso, quando conseguimos ser Luz no contexto em que vivemos, junto àqueles com quem convivemos, não importa o tempo que passamos aqui, nossa Vida terá valido a pena! ;)

    Beijos, querida!


  3. Bom dia, meus queridos Malu e Lucas!

    Muito obrigada mais uma vez pelas palavras que sempre me dedicam!

    Adorei a reflexão de vocês sobre a profundidade e ao mesmo tempo a fragilidade de nossas vidas.
    Como disse a Malu temos o dom de iluminar!
    Realmente a nossa luz tem que se propagar e assim ajudar a brilhar ainda mais a vida daqueles que nos cercam!

    Esse é o grande lance de viver essa viagem na qual embarcamos sem saber de onde viemos e partimos também sem saber qual será o nosso destino final.

    Vocês me fizeram pensar ainda mais sobre isso, quem sabe não sai mais algum escrito com essas idéias.

    Um super beijo pra vocês.

    Thatá!


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