Thais Campidelli de Freitas

Só Ele sabe o quanto vem sendo díficil.
Só Ele tem a real noção de quantas sensações e sentimentos se misturam dentro de mim.
Também é só Ele quem me escuta sem uma vírgula questionar.
Escuta tudo o que eu tenho a dizer e em troca me conforta com um sono tranquilo.
Eu nunca me senti assim...
Sinto-me esgotada!
Talvez seja pelo fato de passar por várias mudanças na minha forma de pensar e principalmente de agir.
Nunca medi as palavras...
Nem nunca medi meus impulsos...
Sempre fui do tipo que o que dava na telha, era o que deveria ser feito.
Hoje eu paro e penso!
Tenho deixado de agir muitas vezes.
Não sei o que eu perco com isso, mas talvez um dia eu consiga entender o que eu ganho.
Escutei um dia que eu iria passar por situações que iam fugir do meu entendimento e que talvez eu pudesse sofrer por conta disso.
Hoje tenho o meu coração aflito.
Mas penso que isso deva acabar um dia e que a minha recompensa por aprender ter paciência apareça.
Ter calma nunca foi meu forte.
A paciência é algo que eu nunca tive.
Hoje eu tento conviver com ela de uma forma amigável.
Entendo que tudo o que eu quero às vezes não acontece na hora que eu bem determinar.
Sigo numa constante de crescer e evoluir.
É exatamente isso que eu busco hoje em dia!
A minha motivação não pode baixar...
Não quero me abater diante dessas dúvidas que tomam meu coração.
Cada vez que isso me sufocar...
Eu vou parar e conversar com Aquele que sabe realmente me escutar!
Thais Campidelli de Freitas
Esse grande poeta fala por mim...
Sempre!


"Eu sonho, sou verso, sou terra, sou sol, sentimento aberto..." - Benito di Paula - Ah! Como eu amei



Thais Campidelli de Freitas
Faço das suas palavras as minhas.
Eu penso e sinto isso!



Uma vez Renato Russo disse com uma sabedoria ímpar: "Digam o que disserem, o mal do século é a solidão". Pretensiosamente digo que assino embaixo sem dúvida alguma. Parem pra notar, os sinais estão batendo em nossa cara todos os dias.
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.
Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.
Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".


Antes idiota que infeliz!
(Arnaldo Jabor).
Thais Campidelli de Freitas


Sempre que escuto ou leio este texto é a mesma coisa.
Fico com vontade de divagar sobre essas verdades que estão escancaradas bem à nossa frente. 
Nos preocupamos tanto com isso e aquilo, simplesmente esquecemos que tudo o que precisamos não é nada além daquilo que podemos carregar.
Aquilo que cabe no peito é o suficiente pra te fazer ganhar o mundo. 
Pois tudo ali fica, lembranças, dizeres, sentimentos, valores e palavras. 
São tantas as cobranças, as dúvidas, os defeitos, os padrões, os deveres... 
Que consomem de nós o tempo que escorre pelas mãos. 
Aquele que é tão precioso e vale dinheiro. 
Aquele que passa e você nem vê. 
Você acorda e já é janeiro, dorme e já é Natal. 
Vai passando pelos dias, sempre da mesma forma... 
Não repara no ambiente que muda, não repara na criança que brinca e não abre a porta do elevador pra ninguém.
Não faz pelos outros o que gostaria que fizessem por você.
Vai envelhecendo, se acinzentando e perdendo o brilho.
Vai ficando mais frio, fechado e muitas vezes só olha pra dentro.
Segue o dever de ser mais rico, mais bonito, mais simpático, mais popular, mais bem sucedido e mais feliz.
Se esconde dentro de uma armadura criada por você mesmo pra tentar se manter firme.
Perde a percepção de que muitas vezes as coisas simples são aquelas que te fazem bem.
Vivemos querendo complicar.
Queremos sempre mais...
Queremos aquilo que nem sabemos o que é e muito menos se precisamos de verdade.
Quando na verdade a vida sempre nos pede menos... 
Menos pressa, menos conceito, menos desprezo, menos ganância, menos arrogância, menos ansidade...
Tendo menos disso tudo e menos de tantas outras coisas, é que se terá muito mais.
Muito mais verdade, muito mais sentimento, muito mais abraço, muito mais sorriso, muito mais desprendimento do que é fútil, inútil e descartável...
Teremos muito mais sentido pra esse turbilhão de situações e emoções que chamamos de Vida.
Thais Campidelli de Freitas

Mais uma vez minhas palavras pedem espaço ao meu pensamento.
Querem tagarelar pelo papel e simplesmente escorrer tudo o que carregam.
É díficil jogá-las desajeitas...
São tantas, que se embaralham sem nexo em minha cabeça.
Tento organizá-las afim de exibir o que sinto hoje.
Um dia que deveria ser tranquilo e feliz, se torna apreensivo.
Aquele coração que carrego bate aflito e impaciente dentro do peito.
Vem querendo crescer e explodir.
Quer desabrochar feito flor.
Meus olhos querem olhar pra você sem desviar as idéias.
Porque é isso que venho fazendo.
Busco pensar que nada é certo e o que sinto fica fundado em atitudes e em poucas palavras.
Ah! Essas palavras...
No meu caso transbordam os limites, por outro lado recebo algumas em um sinal de reciprocidade.
Talvez por não respeitar as barreiras e ter consciência de que excedo o que é permitido, crio e espero que as mesmas voltem pra mim de alguma forma.
Mas nem sempre as milhares de palavras que eu digo fazem algum sentido e assim aprendo mais uma vez que as vezes o que precisa ser dito pode ser compreendido com uma única palavra ou até meia quem sabe.
É aquela estória que muito se escuta "Para bom entendedor meia palavra basta".
Vou seguindo tentando escutar mais do que falar.
Me preservar mais do que me expor.
Realizar, mais do que sonhar.