Thais Campidelli de Freitas
Ouvindo: Coldplay - A sky full of stars

Eu por Susi Godoy 
Há um dia do fim  de 2014 venho registrar minhas impressões sobre este ano.
Para que fique guardado, afim de que no futuro eu possa lembrar-me de um dos melhores anos da minha vida.
Neste ano eu permaneci a maior parte do tempo sorrindo e isso sem dúvida foi uma das coisas mais importantes deste ciclo.
Aprendi a sorrir por mim mesma e entendi de uma vez por todas que a minha felicidade começa por mim.
Sozinha, com a família, solteira ou namorando, tudo isso é um complemento!
A minha felicidade primeiramente pertence a mim e finalmente a mim também.
Eu sou o começo e o fim do meu bem-estar.
Pra começar...
Fiz uma promessa no dia 06/01 e consegui cumprir com o prometido!
Cumprir um compromisso comigo mesma, foi ótimo!
Eu sempre fui muito boa em me comprometer com os outros.
Prometer, realizar e me esforçar por aquilo que eu disse que faria a alguém.
Nunca pra mim!
As minhas promessas sempre iam pro fundo da gaveta ou ficavam escondidas no fundo dos meus pensamentos.
Era sempre mais importante ver a alegria dos outros por algo que eu havia feito por elas ou à elas, dessa vez foi diferente!
Arregacei minhas mangas, coloquei meu tênis, acordei cedo, comi melhor, corri, chorei, tive dor e câimbras, vomitei, mas bati minha meta.
Lá se foram 14 kg na raça.
Receber a recompensa pelo meu esforço foi sensacional.
Agradeço ao Raul, ao Sandro e a Aline por todo incentivo que me deram durante esse processo.
Fiz uma festa de aniversário incrível, onde pude contar com a presença de muitos amigos e fiquei muito feliz em recebê-los no "meu dia".
Eu era só sorrisos! E sinto tanta saudade só de lembrar!
Também "mudei" de emprego, fui realocada em um nova equipe, um novo cliente, uma nova gestão. Tudo novo dentro do mesmo lugar!
Essa mudança veio em boa hora, pois voltei a me motivar e ter vontade de fazer aquilo que eu já fazia, só que com vontade de ser melhor.
Conheci novas pessoas e redescobri pessoas já conhecidas.
Me apaixonei!
Por uma pessoa linda, que me fez acreditar que é possível gostar alguém pelo simples fato de querer bem.
Como já dizia um poeta que gosto muito "Espero sinceramente que você encontre alguém que te ame assim, só pelo bem-querer".
É diferente, é bonito, é sincero e é demais!
Pena que o meu sonho ao lado dessa pessoa que me fez tão bem foi interrompido rápido demais.
Sei que esse texto teria um final bem diferente se isso não tivesse acontecido, mas infelizmente existem variáveis que não dependem somente de mim e nesse momento eu me vi de mãos atadas sem ter o que fazer, só me restou aceitar.
Fui modelo por um dia e me vi retratada por um outro olhar, uma outra perspectiva de mim mesma e isso me fez muito feliz!
Fiz a viagem dos "meus sonhos - de agora" com os meu amigos irmãos, aqueles que são pau pra toda obra. Voltei à Ilha da Magia! Floripa, linda que eu amo.
Nos divertimos demais, conhecemos lugares incríveis, refletimos, conversamos e selamos uma fase que ao meu ver nunca mais vai voltar, mas foi bom tê-los só pra mim nesse tempo.
Aquilo tudo ali é amor mesmo que mude!
Além  dessa viagem tive a oportunidade de conhecer Foz do Iguaçu junto com a minha família e com um amigo muito especial que foi nosso guia nas descobertas na terra das Cataratas.
Um lugar onde a natureza se mostra fascinante e nos coloca mais perto de Deus.
Sensação e emoção indescritíveis,
É de encher os olhos e indico à todos.
Teve a festa de 50 anos do meu pai e também a festa de 50 anos da minha mãe, festas que juntaram pessoas de diferentes idades pra se divertirem juntas.
O resultado foram duas noites inesquecíveis.
Ver aquele monte de gente ali, serviu para que eu pudesse entender que o meu exemplo de amizade, de família e os valores que me rodeiam são muito fortes e bons, que seguir o que os meus pais me ensinaram é o que eu devo sempre fazer.
Eles são tudo que um dia eu quero conseguir ser.
Teve a minha primeira doação de sangue e a deliciosa sensação de ser útil a alguém que precisa.
Presenciei um casamento lindo e cheio de amor onde dois amigos selaram sua união e sua amizade pra sempre.
Teve a oportunidade de falar com alguém com quem eu não falava há muito tempo!
Fora isso tudo o meu ano teve sábados incríveis, sextas de preguiça no sofá, domingos de sol e de chuva, churrascos, baladinhas e cervejadas, que podem parecer iguais, mas que fazem a diferença no contexto do ano todo.
Teve muita saúde, muita comida boa, companhia de quem eu amo e acima de tudo muita paciência e fé pra tocar a vida sempre em frente.
Teve carinho de amigo, puxão de orelha, conselho e abraço.
Teve tudo e mais um pouco do que eu quero sempre pra mim!
O meu desejo pra 2015 é que ele seja tão bom quanto foi 2014.
Quero mais viagens, quero mais amor, quero mais amigos, quero mais festa, quero ajudar, quero viver mais e mais.

Que Deus nos abençoe no nosso novo ano, que Ele conceda a força e a fé necessária pra realizarmos nossos sonhos.

Que assim seja.

Amém!

Valeu 2014! Vem que vem 2015!
Thais Campidelli de Freitas
Ouvindo: Colbie Caillat - Bubbly
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Esse blog nunca fui um lugar para busca de conteúdo e nem nada parecido.
Sempre foi uma espécie de diário pra mim, por isso não o divulgo e nem me preocupo se o que está aqui vai ser lido por alguém (mesmo sabendo que eu tenho alguns leitores bem queridos, que não me deixam divagar sozinha - muito obrigada!).
Então o que sempre foi escrito aqui é o reflexo do que eu vivo neste momento.
Quem leu postagens anteriores sabe que a minha inspiração durante muito tempo foi um alguém muito especial, que a vida se encarregou de afastar de mim sem que eu pudesse ao menos tentar questionar.
Abruptamente a sintonia foi cortada e a minha tela colorida foi preenchida com pinguinhos em preto e branco.
Durante anos esses pensamentos rondaram minhas idéias, invadiram meus sonhos e preencheram minhas linhas.
A única coisa que ainda continuava vazia era o meu coração.
Tive que engolir o choro, abafar a saudade e transparecer viver bem.
Afinal quem imagina que 4 anos depois eu ainda sonho com ele frequentemente?
Depois dele as coisas demoraram a se acertar e quando pareciam caminhar por outro caminho, um outro rumo e eu pude focar na novidade e abrir meu coração outra vez, vem uma onda enorme e derruba tudo de novo.
Leva mais uma pessoa especial e me deixa sem ação.
Ensopada e cansada a Thais que escreve agora, levantou e se refez mais uma vez.
Até que no dia de ontem depois de anos eu pude falar com o dono das linhas antigas desse blog.
Uma conversa normal!
Aquele papo de "Quanto tempo!", "Como anda a vida?".
Ele nem cogita como eu esperei pela oportunidade de falar com ele novamente.
Nem imagina o quanto eu já chorei de madrugada, como eu pulei dia após dia as nossas músicas favoritas, tudo por conta de uma dúvida que sempre esteve comigo.
Será que eu ainda sinto alguma coisa por ele?
Será que é só coisa da minha cabeça, que por ficar tanto tempo focando no passado se esqueceu de esquecê-lo?
Eu não sei...
Sempre que dediquei as linhas a ele imaginei que um dia talvez eu tivesse a oportunidade de mostrar tudo o que eu pensei nesses anos.
Não sei qual seria a reação dele e isso sempre me deixou insegura.
Eu sempre quis ser a inspiração de alguém, pois eu como "poeta do meu coração", "autora da minha alma", "escritora dos meus desejos", sei como é incrível ser objeto de inspiração.
Pra mim ser a inspiração de alguém que escreva qualquer coisa ou que faça uma música é sensacional.
Só quem escreve sabe quanto tempo é necessário pra escrever algo que reflita o que aquele alguém causa.
Não sei como essa conversa vai desenrolar.
Se vamos ou não manter contato.
Se eu vou poder ganhar um abraço de urso que me estrala inteira.
Se eu vou poder entregar esse monte linhas impressas num papel bonito.
Eu só acho justo que depois de tanto dedicar esse espaço a ele o dia de ontem merecia um registro aqui.
A madrugada foi longa, porque depois do que aconteceu eu não consegui mais dormir e só peguei no sono quando comecei a rezar.
Ansiosa por natureza vou ter que segurar a onda e esperar as cenas dos próximos capítulos da minha própria vida.

Thais Campidelli de Freitas
Escrito em Florianópolis na Praia dos Ingleses no dia 25/11.
Ouvindo: Ludovico Einaudi - Experience.

Praia dos Ingleses - Foto por mim
Hoje o dia nem nasceu lindo, mas nem precisava.
Como dizem, a beleza está nos olhos de quem vê e pra mim essa manhã foi perfeita.
Hoje eu sentei a beira do mar e contemplei a beleza dessa imensidão azul.
Quão grandioso é esse lugar e tudo que o compõe.
O barulhinho e o balanço me levaram longe sem que eu me movimentasse.
Tanta coisa vem à tona, tanta gente, tantos sentimentos, tanta saudade, tantas vontades...
Como cabe tanta coisa dentro da "gente"?
Tudo deve ficar escondido em algum lugar de nós, onde milhares de gavetinhas guardam cada coisa em seu lugar.
Ficar longe do trabalho, longe de casa, da família, dos amigos, nos faz remexer sentimentos, abrir gavetinhas empoeiradas que já estavam emperradas por falta de uso.
Trás de volta toda aquela vontade de correr atrás de tudo o que eu tenho que fazer por mim e pelos meus.
Recarrega a minha bateria para voltar e continuar a tocar a vida.
Me deixa mais perto de Deus e me faz arrepiar os braços só de olhar tudo aqui.
Me mostra que estar sozinha às vezes é bom e necessário, mas que no fundo eu sou deles e é do lado deles que eu sou 200% feliz.
Que eu volte leve e carregada das boas energias que o mar tem.
Que a brisa leve que me toca se encarregue de entregar os meus bons pensamentos e os meus desejos de felicidade a quem meu coração lembrou!

Hoje o dia começou assim.
Thais Campidelli de Freitas
Imagem da Internet
Depois de um processo de turbulência no voo lindo da minha vida, eis que volto a colocar a cabeça no meu travesseiro de maneira leve.
Sentir-me tranquila e em paz não tem preço, retomar as rédeas dos meus pensamentos e principalmente dos meus sentimentos é essencial para que eu possa seguir em frente.
Andei pensando sobre como as pessoas passam por nós nos marcam e vão embora.
São poucas as que ficam, afinal não é fácil permanecer na vida de alguém.
Requer dedicação, paciência e cuidado o ato de cativar amigos, amores, família...
Cativar pessoas nos tempos de hoje onde prazeres ímpares são solúveis em doses de vodka, onde as coisas tem preço, mas não tem valor.
Onde as juras não chegam até o fim da madrugada, onde a falsidade não é algo repugnante e faz parte da essência de muitas pessoas, dá medo mais uma vez se expor.
E mesmo diante do medo lá estou eu escancarando meu sorriso, abrindo meu coração, brilhando os olhos, vibrando com abraços de urso e correndo atrás de caras de surpresa com os meus carinhos.
Assim sou eu!
Quando digo que eu sou só coração, imagino que as pessoas que não compreendem os meus motivos e as minhas atitudes acreditam que eu quero "me achar".
Me achar no sentido de "ela se acha muito legal" ou "ela se acha muito boa"...
Isso nada tem haver com bondade, tem haver com viver e ser fiel ao que eu sinto na real.
Eu não recrimino meus sentimentos por existirem...
Eu só sinto.
Se é raiva eu deixo passar.
Se é carinho eu corro o que for pra abraçar.
Se é amor é de verdade.
E assim vai...
Não me sinto diferente por isso, mas me sinto estranha, pois ao longo da vida venho conhecendo pessoas que não entendem o meu jeito, talvez por não terem a coragem de se abrir pro mundo como eu me abro ou talvez elas tenham medo de sofrer.
Sofrer é consequência...
Tudo passa nessa vida e se a felicidade passa o sofrimento uma hora também vai embora.
No meu ponto de vista render-me ao medo me custaria um preço muito alto, pois me pouparia apenas de um sofrimento passageiro e levaria de mim a oportunidade de viver algo feliz.
A questão é que pra mim está fora de cogitação "não ser feliz".
Eu vivo com o meu coração na mão!
Então eu busco por onde ter um momento bom!

Aos que pensam que eu "me acho" lhes convido a sentir e a viver como eu vivo...

Dói e não é pouco!
É confuso!
Machuca e sufoca!
Mas eu sempre levanto, choro, brigo comigo e toco o barco, pois eu sei o que me faz feliz e o que me faz sentir vontade de viver e isso É BOM PRA CARALHO!!!!!!

Me desculpem o palavreado, mas palavrão às vezes liberta o que esse montão de palavras não conseguiram expressar!

Por ora vou alí brincar de ser feliz!!!!!

Férias MODE ON!
Thais Campidelli de Freitas
Ouvindo: This place is a shelter - Olafur Arnalds

Imagem da Internet
Não sei bem onde foi parar minha inspiração.
Sempre te disse que ela acontecia de forma mais solta em dias tristes e nesses meus dias sem cor, nem ela me fez companhia.
Se escondeu dentro de mim como se fosse incapaz de produzir.
Também era de se esperar, tiraram dela a graça e a beleza de tudo que ela pensava nos últimos tempos.
Decidiu se recolher!
Junto com ela eu também me recolhi.
Entendi que feito um sonho bom que acaba com o barulho da chuva na janela, o meu sonho também ia escorrendo ralo abaixo.
Meu sonho lindo de te querer bem, de te fazer bem, de ter você perto de mim estava chegando ao fim.
E depois disso tudo mais uma vez eu me enxergo sozinha.
Dessa vez é diferente, não fui eu quem escolhei ficar assim e nem fui eu quem deu motivos pro ponto final.
É complicado aceitar certas coisas quando você vive e sente tudo de maneira diferente da qual você deve passar a viver.
Brigo com o meu coração que insiste em dizer que não há nada que eu possa fazer e pede para que eu deixe isso tudo passar.
Tudo bem, vai passar!
Mas não me peça para não sentir, pois isso é impossível pra mim.
Ficar sem saber de você, sem falar com você, é uma tortura sem igual.
Não dá pra simplesmente apertar o delete e fingir que eu não vivi nada do que eu estou sentindo.
Foram dias lindos, minutos especiais!
Brilho nos olhos e sorriso nos lábios, dos quais eu tenho saudade toda vez que eu fecho os meus olhos e penso em você.
Fica aqui o desejo de que sejas muito feliz, seja aonde for e com quem for.
Um dia te escrevi e disse que eu não entendia bem o propósito que a vida tinha em nos apresentar novamente, hoje eu entendo que talvez tenha sido um aviso, pra mim que nunca desanimou e que de uns tempos pra cá vinha descrente e pouco empolgada com as coisas que estavam a minha volta.
Aprendi que a mudança na nossa zona de conforto tanto para bem quanto para o mal (se é que se pode chamar isso de mal, acho essa palavra muito forte, mas é uma maneira de relacionar aquilo que não é o que a gente espera ou não quer) acontece de um segundo pro outro.
É muito rápido!
E nesse espaço curto de tempo existe um infinito de possibilidades que podem vir na sequência.
Então se eu estou feliz hoje eu vou aproveitar ao máximo, porque no minuto seguinte eu posso não mais estar.
E se eu estiver triste eu vou contar os mesmos segundos, pois eu sei que o meu sorriso volta a brotar na próxima mudança que a vida tem planejada pra mim.
Pode demorar às vezes, mas ela sempre chega!
Fique bem!

Ps: eu sei que um dia você vai ler isso! Não vou enviar...
Você não precisa se pronunciar, pois eu só queria que você soubesse.
Thais Campidelli de Freitas
Ontem acordei pensando no primeiro poema que decorei na vida.
Era um poema de Cecília Meireles intitulado "Motivo".

"Eu canto porque o instante existe 
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias, 
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico, 
se permaneço ou me desfaço, 
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada."

Lembro-me de tê-lo escutado no programa de TV Castelo Rá-Tim-Bum, onde um gato que viva dentro de uma biblioteca declamava poemas de grandes escritores brasileiros.
Uma frase em especial me chamou a atenção desde aquela época...
"Não sou alegre nem sou triste: sou poeta".
No auge dos meus 8 ou 9 anos eu não conseguia entender o que era ser poeta, mas segundo Cecília, era alguém que não era nem triste e nem alegre, alguém que vagava nesse meio termo.
Depois de tanto tempo eis que me pego pensando novamente nessa linha.
Agora com mais maturidade e um pouco mais de conhecimento sobre o que vem a ser a palavra "poeta" e o seu significado, me ponho a pensar novamente sobre isso.
Afinal o que é ser poeta?

De acordo com o dicionário Aurélio:

3ª pess. sing. pres. ind. de 2ª pess. sing. imp. de poetar
Que ou aquele que faz versos.
Que ou quem é idealista.


Li outras definições e juntando todas elas comecei a formular o meu conceito de poeta.
Imagem: Eu me chamo Antonio 
Pra mim ser poeta é fazer dos sonhos, dos desejos, dos anseios, dos pensamentos, das emoções e das diversas visões do mundo, palavras!
É transformar o irreal e o impossível, papável e visível ao olhos.
É poder ser você numa linha e logo depois viver os teus milhares de personagens nas demais.
É esquecer uma vírgula, um ponto, uma regra, mas se fazer entender.
É nem sempre ter métrica e rima.
Ser poeta é envolver alguém sem um dedo movimentar, sem tocar!
É emocionar!
É trazer o leitor pro teu mundo.
É fazer com que quem lê os teus escritos pense sobre aquilo e reflita sobre quais situações te fizeram pensar assim e o que te motiva a sair escrevendo.
Ser  poeta não é somente saber utilizar e entender as palavras complicadas da nossa norma culta, é se valer de palavras simples, as tais coloquiais, mas que carregam consigo imenso conhecimento sobre a causa que descrevem.
É deixar pingar água no papel para fazer escorrer versos quando o coração machuca, para que eles possam servir de alvará de soltura para os sentimentos que ali ficam encarcerados.
É tentar explicar o sorriso mais bonito quando se é feliz.
É falar de amor, falar de novo e de novo e mesmo assim não saber nada sobre isso.
Ser poeta é ter a mão suada e a garganta entalada em dias tristes, é esbravejar e extravasar com uma caneta e um papel.
É iniciar uma guerra de pensamentos e terminar na solidão de um ponto final.
É sonhar com reticências e sorrir com exclamações!
É multiplicar idéias com uma interrogação.
É transformar tristeza em beleza e felicidade em carinho de fôrma, de mão e escrito.
É ter a certeza de qualquer experiência pode lhe render boas linhas.
É ter vontade de escrever e ser lido!

Por ora isso é ser poeta pra mim!
Thais Campidelli de Freitas
Texto escrito e dedicado a alguém especial em 16/09.

Imagem da Internet
E neste final de semana eu vivi um turbilhão de sentimentos gigante.

Ao passo que as dúvidas e meus pensamentos borbulhavam dentro de mim com força, algo inexplicável ainda me mantinha tranquila. Pode parecer normal ter muitas ideias e saber conviver bem com isso, mas essa condição não se aplica a mim.

Ansiosa de nascença, sonhadora de essência e animada por natureza, eu nunca soube controlar bem minhas emoções. Elas andavam sem controle e viviam se espalhando por aí.
Se mostravam e muitas vezes tropeçavam! Aí era hora de se agachar mais uma vez e sair recolhendo os pedaços de tudo o que meus sonhos me ajudaram a criar.

Desde que eu enxerguei você, desacelerei todos os meus músculos que sempre optaram por correr. Controlei os músculos de um órgão torácico, oco e de forma ovoide, que é o elemento central da circulação do meu sangue e de tudo o que eu sinto dentro de mim.

Esse cara já me deu muito trabalho e pelo menos uma vez na vida (até agora) ele realmente entendeu que tem que perceber (melhor as situações que está vivendo) e ser percebido para pode tomar as melhores decisões. Aprendeu que não adianta dar um tiro forte e poderoso de 100m se ainda faltam mais 10.900m para chegar ao marco final.

Ele aprendeu a ter calma! E eu fico muito feliz com isso.

Afinal a vida não é nada além de uma viagem onde sempre seguimos à frente em busca de evolução. Neste fim de semana além de ter percebido que eu mudei, tive a oportunidade de viver um sensação incrível!

Durante a semana toda eu pensei muito no meu avô!

Na verdade eu nunca o esqueço, mas nesses últimos dias a saudade bateu estranha e mais intensa. Era como se eu quisesse buscá-lo em algum lugar, como se isso ainda fosse possível e ele ainda estivesse ao meu alcance.

Descobri que ele está muito mais próximo e acaba vivendo em mim e me ajuda a ser aquilo tudo que eu sou. Ele só não está no meu raio de visão e nem posso abraçá-lo, mas tua presença faz meu braços arrepiarem, minhas bochechas rosarem e os olhos transbordarem.
Diante de tudo que vem acontecendo, busquei refúgio na segurança que o meu vô sempre me deu. Fui em busca dele!

Cansada e meio sonolenta, por ter virado a noite no dia anterior fui até uma capela e junto de outras pessoas que liam, choravam e buscavam afago naquele lugar, eu me sentei.

Não rezei uma oração, não repeti nenhuma das palavras que muitas vezes saem sem que se possa sentir, apenas o chamei pra conversar.

Em silêncio eu lhe contei tudo! Tirei 200 kg das minhas costas e joguei a responsabilidade na mão do "Véio Chico". Já era hora dele com toda sua experiência ajudar-me a me resolver, a me aliviar...

Foi então que eu pedi que se tudo isso que eu estou vivendo fosse realmente tão legal quanto eu sinto, que ele me desse um sinal!
Podia ser qualquer coisa, mas tinha que ser alguma algo que me fizesse acreditar que ali tinha o dedo dele.

Feito um pedido ao gênio da lâmpada eis que meu desejo se realiza!

De um jeito que nem toda a minha inspiração e criatividade poderiam imaginar.
Ele nos colocou numa situação engraçada, onde me encontrei mais uma vez sem saber o que dizer.  

- Ele é seu namorado, Thais?

Neste instante fui apresentada novamente ao silêncio, que de tão quieto produz um zumbido ensurdecedor no ouvido.

Dura só uma fração de segundo, mas te causa mini infarto fulminante.
Sem muito pensar respondi e tive que concordar...

- Ele é "só" meu amigo! - E como foi estranho dizer isso!

Mas, pera aí! 
Você não é "só" meu amigo.

Eu não penso nos meus amigos como penso em você, meus amigos não tem tomado tanto espaço nas minhas linhas...

Ah! Você é um cara tão simples que me complica a língua e os versos. Me mostra com o teu sorriso e com o teu olho marejado brilhando, que as coisas podem ser mais fáceis e que ainda é possível acreditar nas pessoas.

Quando te ouvi falando, se esforçando pra ultrapassar a sua timidez pra me tentar fazer entender o que você queria dizer, eu me encantei mais uma vez.

Pela sua graça, pelo seu jeito, pelo teu sorriso bobo de canto de boca quando terminou de falar tudo, pelo teus olhos que não se contiveram e deixaram transparecer o que estava acontecendo.

Muito obrigada por me fazer chorar de alegria!

Muito obrigada por deixar minha vida mais leve como há muito tempo eu não sentia.

E agora eu não tenho mais "só" um amigo!
Tenho a companhia de um cara incrível, que eu quero fazer sorrir hoje, amanhã e depois...
E que os sábados, os domingos, os dias, sejam sempre os melhores de todos os tempos da última semana.

Amém!

Ps: Quanto ao Vô Chico, nem preciso dizer nada!!!!
      Só ele e você sabem como eu o agradeci olhando pro céu.
Thais Campidelli de Freitas
Ontem ocorreu um fenômeno natural conhecido como Superlua.
É quando o satélite natural da Terra se apresenta aparentemente 14% maior e 30% mais brilhante que o normal. (Fonte: Galileu)
Depois de olhar pela janela tamanha beleza, decidi escrever algo sobre isso. 

Imagem - Bruno Ranyere
E lá estava ela...
Linda, imponente, majestosa e soberana em seu imenso reino azul.
Objeto de desejo dos homens desde sempre.
Inspiração dos poetas.
Casa de um santo guerreiro e um pouco mais.
Minha terapia em dias difíceis.
Porto seguro dos meus sonhos.
Meus pensamentos habitam o teu mundo.
Fonte de luz suprema, alumia a minha vida e clareia a escuridão das minhas dúvidas.
Meu globo de luz em dia de festa.
Um forma sublime de encontrar-me com Deus quando preciso.
Lá do alto ela observa a beleza e o caos que aqui na Terra se instalaram.
E mesmo em meio a tanta confusão ela não nos nega o privilégio de sua luz.
Tu és fascinante linda, Lua! 
Thais Campidelli de Freitas
Dedicado a Lucas Augusto, 

Imagem da Internet
Dizem que a plena felicidade não existe e eu acredito nisso, pra mim o que existe são momentos felizes! 
Momentos que nos tiram o fôlego, fazem a velocidade do tempo mudar e nos apresentam o que nossa vida pode ter de melhor. 
Ser feliz parece ser algo impossível num mundo onde tudo o que temos parece nunca ser suficiente. 
Nos preocupamos demais, queremos demais, perseguimos demais aquilo que muitas vezes nem sabemos o que é. 
E eu quero ser feliz da forma que eu acredito! 
Me desprender daquilo que julgam ser a tal da felicidade me faz sorrir mais e me apresenta novos motivos pra acreditar que essa vida no fundo tem sentido. 
Esses pequenos motivos no meu mundo se chamam "potinhos de felicidade"!
São pessoas, ideias, sons, sabores... 
Qualquer coisa que bombardeie o meu dia com cor, gosto, carinho, afeto, gestos, palavras...
Qualquer coisa que me tire do chão por um segundo e faça-me sentir leve! 
A vida é mais fácil quando você corre atrás desses potinhos e se esforça pra cativá-los ao máximo para arrecadar sempre mais. 
Ser um potinho de felicidade é ser raro, é ser especial... 
É ser diferente de toda mesmice que vivemos engolindo por aí. 
Ser potinho de felicidade é ser você! 
Ser você sem se preocupar com o que os outros vão dizer ou vão pensar. 
É mostrar-se ao mundo e acima de tudo mostrar-se a si mesmo. 
Quando eu digo que tu és um "potinho" é porque desde que eu te conheci (não de agora) desde o primeiro dia que eu te vi, você se apresentou assim... 
Especial do jeito que és! 
Agora depois de te conhecer mais um pouco e ainda não te conhecendo nada (pois o que eu conheço é uma gotinha apenas, dos assuntos, gostos e papos aleatórios e interessantes que te compõem - tenho certeza disso!) sei que você é diferente e no fundo pensamos de maneira parecida sobre tudo isso que nos cerca. 
Não sei qual o propósito que a vida tem em nos apresentar mais uma vez, mas eu sei que desde que você "voltou" ao meu convívio, os meus potinhos tem se multiplicado por que eu ando mais feliz.
A tua companhia me faz bem!  
E isso por si só já é demais, porque a vida não vale nada se a nossa presença não marcar a vida dos outros de alguma maneira. 
Você tem me marcado de uma maneira muito gentil, educada, tímida, alegre, simpática e muito fofinha! 
Parabéns por ser um potinho de felicidade pra mim e para as pessoas que você ama e que têm boa vontade e acreditam que pra ser feliz não precisamos de muito. 

Já temos tudo! 

Um super beijo de quem vive a buscar potinhos e tenta sempre ser um potinho de felicidade na vida de alguém.


Thais, mas pode me chamar de Thatá! 
Thais Campidelli de Freitas
A Branca e a Preta do Pai!
As agendas escolares sempre tiveram os seus rodapés preenchidos com datas.
Lá estavam “Dia dos pais”, “Dia das mães”, “Dia da bandeira”, “Dia da água”, “Dia do índio” e etc.
Existem vários “dias” conhecidos por todos nós desde pequenos (quem lembra dos trabalhos com cartolina, cola e recortes para comemoração do Dia do Folclore por exemplo?) e outros “dias” que só conhecemos se houver curiosidade de procurar saber.
Foi numa leitura de agenda escolar, que eu descobri que eu cheguei ao mundo no “Dia da Poesia”, pra quem não conhece é o dia 14/03.
Se eu fosse meio mística ou qualquer coisa do gênero, poderia pensar que esse dia seria o dia perfeito pra eu nascer, pois adoro escrever.
Pode até ser, vai saber...  
O que acontece é que hoje com a facilidade que existe para disseminar conteúdo, estamos descobrindo vários “dias especiais” sem mesmo ter que procurar.
É “Dia do rock”, “Dia do amigo”, “Dia da vovó” e eu acho até divertido esse lance de criar dias para se comemorar alguma coisa.
Não é à toa que eu adoro comemorar meu aniversário!
Nós já passamos tão em branco durante os outros 364 dias do ano, que não custa nada ter um dia pra chamar de “seu” ou compartilhar um dia com outras pessoas que tenham uma característica que você também tem.
Hoje fui surpreendida pela existência do “Dia do irmão”.
Eu sou uma irmã e também tenho uma irmã, logo esse tema me veio como inspiração.
Por curiosidade descobri que minha irmã nasceu no “Dia do ferroviário” e acho que talvez esse dia possa ser considerado um dia especial pra ela também hahahaha! 
Ela chegou na minha vida e na de meus pais como uma locomotiva que segue acelerada, nos carregou pra dentro de seu vagão especial e completou a nossa família para seguirmos viagem.
Depois dela caminhamos juntos e dali pra frente tudo era multiplicado por 4 e não mais por três.
Já que hoje é “Dia do irmão”, deixo aqui registrado que ter “um irmão” talvez seja a melhor coisa que já me aconteceu, pois com a chegada de mais uma pessoa para dividir tudo o que eu tinha, aprendi muitos dos valores que tenho hoje.
Aprendi a compartilhar tudo o que era meu, aprendi a respeitar, aprendi a cuidar, aprendia a amar...
Entendi que eu sempre teria alguém pra brincar quando eu quisesse, alguém pra bater bola comigo e substituir um paredão, alguém pra dormir comigo e me deixar sem coberta, alguém pra querer sempre um pedacinho de qualquer coisa que eu estivesse comendo, alguém que eu brigaria várias vezes, mas esqueceria em fração de segundos.
Alguém que me apoiaria no que eu precisasse, mas que me puxaria a orelha também. 
Alguém que vai faria parte de mim pra sempre!
Hoje com a chegada da idade adulta e da correria que essa fase da vida nos impõe, já sinto saudade dela e de todo o tempo que a gente já vivemos juntas.

Branquinha,

Feliz dia do irmão!

Te amo. 
Thais Campidelli de Freitas
Imagem da Internet
Existem dias que nos arrancaram suspiros de felicidade e sorrisos largos de alegria.
Em outros dias o que nos resta é apenas a reflexão e o conforto da reclusão de nossos pensamentos.
Aqueles solitários que só a gente conhece.
O dia de ontem foi um dia assim.
Um fato trágico na história desse país tira a vida de uma pessoa, como num passe de mágica se tira um coelho da cartola.
A velocidade dos fatos deixa qualquer um impressionado com a fragilidade do ser humano.
Ontem fiquei pensando nisso e pensei muito.
A morte é uma coisa triste e muitas vezes inacreditável, mesmo sendo a única certeza que temos na vida.
E ao pensar no que havia acontecido comecei a repensar a vida de maneira geral.
Não somos nada além de velas acesas que com um simples brisa podem se apagar.
Somos velas postadas em pé!
Somos velas mais cheinhas, mais finas, um pouco tortas, umas mais pra esquerda e outras mais pra direita.
Algumas vermelhas,  outras pretas, brancas, amarelas ou multicoloridas.
No fundo somos todos velas.
Cabe a nós cuidarmos da vela para que ela não entorte demais, não quebre e principalmente não apague.
O sonho de todo mundo é deixá-la apagar quando não houver mais nada pra queimar.
Quando nosso coração não aguentar mais bater e de preferência que isso aconteça enquanto estivermos sonhando, pois estaremos no melhor dos nossos mundos.
Então eu fiquei matutando que por mais que pareçe clichê realmente não podemos deixar nada pra amanhã.
Temos que fazer hoje e se possível agora.
Senti vontade de parar tudo o que estava fazendo pra dedicar 15 minutos a essas linhas.
Pra deixar aqui registrado o quanto eu sou grata a vida que tenho, a família que me cerca e apoia, aos meus amigos, ao meu trabalho e tudo aquilo que eu conquistei como pessoa.

Não há nada que eu possa pedir, pois tudo que eu poderia imaginar são apenas coisas.
O que eu preciso pra viver eu já tenho e sou muito feliz.

Muito obrigada, meu Deus! Por me permitir viver tudo isso!
Thais Campidelli de Freitas


O filme é "Le fabuleux destin d'Amélie Poulain" em português "O Fabuloso destino de Amelie Poulain". Um filme francês lançado em 2001 com direção de Jean-Pierre Jeunet

Já haviam me falado sobre este filme e as opiniões eram divergentes! 
Alguns amaram e outros disseram que era "cult" demais, monótono e sem graça. 
Acabei me esquecendo do filme e ele permaneceu na minha lista de "coisas que eu quero ver". 
Passado algum tempo um amigo veio me apresentar uma música no celular, ela era tocada no piano e eu como eterna apaixonada desse instrumento, me encantei pela melodia. 
Quando olhei pra tela lá estava o nome "Comptine d'une autre été - Amélie Poulain - Yann Tiersen". 
Logo lembrei do filme, perguntei se ele havia assistido e ele era mais uma das pessoas que tinham adorado.
No último mês eu assinei o Netflix e passeando pelas opções de filmes eis que encontro o tão falado título francês. 
Comecei assistir e de cara a trilha sonora envolve o espectador, com acordeons, piano e melodias lindíssimas. Yann Tiersen também é o compositor da trilha sonora de Good By Lenin, que eu também gosto muito
Amélie Poulain é uma garota que vive a infância sem a companhia afetiva de seus pais.
Vivem próximos, mas a relação é vazia e fria.
Ela não tem amigos e não vai a escola, por um problema de saúde que seu pai médico desconfia que ela tem.
Um drástico acidente com sua mãe marca a vida da garota.
A garota só se abre pro mundo quando chega a vida adulta.  
Ela persegue algum sentido pra viver e nessa busca descobre que fazer as pessoas felizes à partir de pequenos gestos lhe faz muito bem.
Com essa nova descoberta ela segue em busca de novas pessoas, lugares e aventuras.
A história parece meio fantasiosa, mas é porque ela acontece no mundo particular cheios de detalhes e ingênuo de Amélie. Isso faz da história um enredo irresistível (pelo menos pra mim).
Acredito que pra quem escreve a imaginação de Amélie é um prato cheio de inspiração pra nós.

Não vou contar muito porque quem lê esse texto pode não ter visto o filme e aí fica chato.

                                                                             
Eu me encantei com a personalidade e a fantasia do mundo de Amélie!


Ela é linda!


Fica aqui a minha dica, se você não viu vale à pena conferir!  
Thais Campidelli de Freitas
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Dentre "mortos e feridos" restaram apenas as consequências de suas próprias escolhas.
Sobraram aquelas mesmas coisas que você carrega dentro de ti há tanto tempo.
Tudo aquilo que você deixa alí meio de lado, mas que ocupa um espaço que poderia se transformar de novo, ser reutilizado, reciclado, útil...
Alí tem tudo aquilo que preenche ao passo que deixa vazio.
Teu coração é muito grande e vem acumulando tudo o que você julga ser capaz de suportar, mas existem momentos que o melhor a fazer, é descarregar...
A bateria do celular, as energias, as coisas velhas como entulho, os sentimentos do passado e todo desassossego pra aliviar a barra.
Ninguém tem uma cruz mais pesada do que consegue carregar, pelo menos é o que dizem, mas não precisa carregar além da cruz uma tonelada de sensações que você não sabe deixar pra lá.
Seja uma pessoa comprometida contigo, assim como é com os outros e com todas as suas responsabilidades dentro do meio que vive.
Faça uma promessa a si mesma e se comprometa a não deixar nada mais ficar "entulhado" por muito tempo.
Não deixe que os teus problemas e principalmente aqueles problemas que você acha que tem fiquem amontados, isso te consome demais!
Deixe que teu coração viva da maneira que ele sabe viver...
Ele se desmorona, se despedaça, transborda, acredita, imagina, se reconstrói e parece nunca aprender.
No fundo a culpa não é dele e nem sua.
A vida é assim, insistente!
Para que possamos nunca desistir na primeira topada e nem no milésimo tropeço, pois o caminho a seguir é sempre à frente.

Faça uma faxina nas pessoas, nas lembranças, na casa e em você!
Junta tuas malas, mude sua rota, escolha um novo roteiro e vista o teu melhor sorriso.
Pode ter certeza que depois disso o teu mundo realmente é teu, garota!

Ps: Texto inspirado num comentário que eu fiz no blog da Malu!
Thais Campidelli de Freitas
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Não sou nada além de um amontado de células, envolvidas por ácidos, soluções e substâncias com nomes estranhos!
Tenho plaquetas sem nome.
Glóbulos brancos e vermelhos.
Menina dos cabelos negros e dos olhos cor de jabuticaba!
Linfócitos, leucócitos e outras tantas esquisitices dentro de mim.
Sou de carne e sou de osso.
Tenho o dom da consciência, mas por vezes permaneço inconsciente diante das dificuldades dessa anatomia bagunçada em que vivemos.
Tem dias que é melhor assim!
Sou boa na argumentação!
Possuo audição uma audição aguçada, mas já estou cansada de ouvir mentiras repetidas a cada segundo e em todo lugar.
Tenho um coração vermelho e forte, que um dia vai se cansar de trabalhar e vai parar!
E aí quem sou?
Sou um trânsito de veias e vasos.
Sou sorriso dilatado em dia de sol.
Sou uma preguiça gostosa em dias cinzas e frios.
Sou um ser ereto sustentado por uma coluna vertebral, guiado por impulsos cerebrais que não pertencem a mim, mas essas amarras não me impedem de voar.
Voar dentro daquilo que eu sinto que sou!
Sou mais do que aquilo que você acha que sabe de mim.
Cheia de cicatrizes, feridas tatuadas e pintada de amor pelos meus!
Essa sou simplesmente EU.
Esse EU que EU não conheço por inteiro.
Esse EU que não TE conhece.
Esse EU que você também NÃO conhece.
Esse EU que no fundo não me pertence.

"Eu não sei na verdade quem eu sou, 
Já tentei calcular o meu valor, 
Mas sempre encontro sorriso e o meu paraíso é onde estou...
Eu não sei na verdade quem eu sou...

Na verdade ninguém sabe o que é..." - Fernando Anitelli
Thais Campidelli de Freitas
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Reprimir um sentimento é doído.
Dói mais que segundo dia de academia, dói mais que topada de "dedindo" em canto de cama!
Além do mais, é triste!
É triste, ter que dizer a si mesmo que é melhor deixar as coisas como estão, pois é melhor assim.
Quase sempre encontramos um motivo maior do que aquilo que sentimos para justificar o nosso estado de inércia.
"Em respeito a amizade não vou fazer isso"
"Eu gosto demais dele/dela pra falar sobre isso"
"Como será que ele/ela vai reagir quando souber?"
"E se isso estragar tudo?"
São tantas questões que o quê é realmente importante acaba em segundo plano.
Daí o medo involuntário que temos de expor nossas idéias, sonhos, vontades e os tais dos sentimentos.
Eu confesso que são poucas as vezes que consigo dizer o que sinto abertamente.
Há algum tempo atrás eu não era assim e sempre fui de dizer o que penso, mas depois de sentir-me acoada pela atitude dos outros eu simplesmente decidi me calar.
Não é à toa que este espaço vem sendo cada vez mais povoado pela histórias que me transbordam a alma.
Ainda bem que os minhas linhas saem e deixam esse coração um pouquinho mais leve.
Hoje me sinto aqui engasgada com uma centena de palavras entaladas na minha garganta.
Talvez seja o momento de arriscar e pagar pra ver.
Sair da defensiva e deixar a bola correr pra frente.
Ninguém sabe se a bola vai entrar antes de soltá-la no chão!
Thais Campidelli de Freitas
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Naquela noite ela não queria nada além de um cerveja bem gelada, boa música e a companhia daqueles que fazem da sua solidão um lugar confortável.
Bagunçou o seu cabelo no estilo Gisele, passou o seu melhor batom vermelho, pegou a chave do carro e partiu!
Foi em busca de mais uma madrugada de diversão.
No caminho foi escutando suas músicas favoritas, acelerando e cantando, até que o destino e a desorganização de seu iPod tocaram uma música daquelas bem "top 10 para curtir a sua fossa!".
É normal associar momentos e pessoas com alguma música, com ela não foi diferente.
E por ironia do malvado do destino aquela era a música "number one" da sua fossa de tempos atrás.
Depressa ela apertou o botão forward do aparelho de som e seguiu a vida.
Nos últimos tempos tem sido assim, ela não tem mais tempo pra choramingar o passado e não tem saco pra retocar a maquiagem por causa de uma figurinha que já deixou de ser "especial" no álbum de sua história.
Hoje ela vive o que há pra viver e não tenta prever o que será.
Estacionou o seu carro, demorou para calçar sapato os sapatos de salto alto e saiu.
Desfilou equilibrando o seu charme e exalando o seu perfume caro, importado e diferente.
Ela era definitivamente incomum!
Se tornava distinta entre a mesmice das garotas de hoje que são esteriotipadas e seguem um mesmo padrão de beleza, comportamento e personalidade...
Ela se impõem e rouba a cena sem fazer esforço.
Aquilo ali é ela!
Já chega sorrindo, cumprimentando um e outro.
Ela conhece todo mundo e adora conhecer ainda mais.
Acha graça em ser amiga dos amigos!
Encosta no bar pede sua cerveja favorita e sente o clima que envolve aquelas pessoas a meia luz.
Segue em direção aos "parças" de sempre e se diverte.
Escuta o som e se deixa levar, fecha os olhos e sorri como se estivesse sozinha dançando sem que ninguém pudesse vê-la.
Ela se sente bem, livre e feliz!
Nem sempre foi assim, mas ela aprendeu a ser ela mesma e ter a confiança que por ora ficou escondida.
Até que alguém a puxa de volta pro mundo real e diz: -Você é linda dançando assim!
Sem jeito ela num meio sorriso agradece o elogio.
A essa altura do campeonato não conseguia mais dançar sem tentar perceber aquele olhar de novo sob ela.
E foi só ir ao bar para que o rapaz viesse e dissesse: - Você gosta dessa cerveja? Como assim? Mulher não bebe isso! e ela responde - É a minha favorita! E muito prazer, eu sou uma mulher!
Ele ri e sem titubear respondeu - É claro que você é uma mulher e linda por sinal! Agora só falta dizer que gosta de futebol, joga videogame e não é fresca!
E ela teve que no meio do primeiro gole balançar a cabeça concordar!
Sim, ela joga videogame, vai ao estádio com seu pai e torce pelo seu time, usa moletom largo em dia de frio e dispensa a maquiagem e a chapinha quase sempre.
Foi o suficiente para que o rapaz não quisesse mais sair dali.
Passaram horas conversando sobre coisas aleatórias, dançaram juntos e riram mais ainda.
No final da noite ele a acompanhou até o carro e tentou beijá-la.
Num ato impensado ela recuou!
Não que ela não tivesse gostado do rapaz ela só não queria beijá-lo naquele momento.
Cansou de fazer as coisas por convenção ou só por achar que devia.
O rapaz sem ação pediu com delicadeza o telefone dela, mas teve um não como resposta.
Ela disse que se tivessem que se encontrar de novo eles se encontrariam e que seria tão bom quanto essa noite em questão havia sido.
Ela entrou no carro e ele ficou parado na calçada sem fôlego e sem reação.
Ela quebrou as pernas dele e fez tudo diferente do que ele havia imaginado!
Eu avisei! Ela era incomum.
Voltou pra casa pelo mesmo caminho e com a mesma playlist, pulou a mesma música e permaneceu feliz com as surpresas que o destino vem lhe proporcionando.
Concluiu que a vida é mais leve e melhor assim, sem o peso da expectativas!
O que pra ela parecia impossível hoje é o seu estilo de vida.

"deixa o mundo girar, bota a bola no chão, deixa a bola rolar
deixa o bonde passar que eu não sei pra onde ele vai 
nem de onde vem..."
Thais Campidelli de Freitas
(Texto enviado ao meu pai em 30/10/2013)


Hoje é dia 30/10 e mais uma vez eu sou agraciada por Deus por ter a oportunidade de passar essa data ao seu lado.
Todo ano a vontade de rabiscar meus versos pra você é a mesma...
Além de desejar tudo de bom que se deseja a qualquer pessoa especial, tenho o dever de agradecer.
Agradecer muito e assim tentar te mostrar o tamanho da sua importância em tudo o que eu sou. 

Foi você quem me plantou como sementinha e fez da minha vinda pra esse mundo uma viagem tranquila e confortável.

Desde então você tornou-se outra pessoa.
Criou em você a versão: “Edgard, O Pai”.

Eu como uma das partes principais dessa história, posso lhe garantir que esta é uma das suas melhores versões senão A melhor!

No dia do nosso aniversário é comum ficarmos felizes em receber votos de felicidade, sucesso e saúde, porém são poucas as vezes que recebemos cumprimentos e carinhos que comprovem de verdade que realmente isso tudo que vivemos vale à pena.

É nesse ponto aonde quero chegar.  

Você tem a capacidade de me fazer melhor.
Você faz a diferença em mim e por mim!
Ter você por perto é o que faz a minha vida ter sentido!

Eu sou a cara do pai e tenho o seu gênio também.
Você não imagina como eu fico feliz quando eu recebo esse elogio: 

“Você é a cara do seu pai. Você é o seu pai escrito!”.

Nada poderia ser melhor, imagina você ser a “cara” do cara que você mais admira!

Não é pra qualquer um ter o melhor pai do mundo.

Muito obrigada por deixar que eu vivesse a minha vida do meu jeito, por fechar seus olhos por mim e por fazer uma prece para que o Pai sempre me proteja quando você não consegue.

Obrigada por ser meu porto seguro quando tudo dá errado e saí como você já havia me avisado.

Obrigada por manter o seu coração aberto pra mim mesmo quando a cara era fechada.
Obrigada por me empurrar pra cima e por correr para me apoiar antes que eu pudesse cair.
Obrigada por ter me dado o meu bem maior A MINHA FAMÍLIA.
Obrigada por sempre nos proteger se colocando sempre a frente para que a onda nunca arrebentasse em nós.
Obrigada por me ensinar a ser gente.
Obrigada pelo “Qualquer coisa chama o Pai”.

E depois de tanto agradecer fica aqui o meu “Parabéns pra você”.
Meu herói, meu parceiro, meu melhor amigo, meu chefe, meu professor, meu gordinho, meu PAI!  

Eu te amo mais que tudo =D

Muita saúde, muita paciência, muita paz e muito sucesso pra você!

Pra terminar eu deixo aqui um pedaço de uma letra do Gabriel  O Pensador que pode falar por mim...

“Quando eu crescesse eu queria ser que nem você.
Agora eu já cresci e ainda quero ser
Eu tenho a cara do pai e tenho cada vez mais
Eu tenho os olhos do pai e o coração
Quando eu crescesse eu queria ser que nem você
Agora eu já cresci e ainda quero ser
Eu tenho orgulho do pai e tenho cada vez mais
É muito orgulho meu pai e gratidão...
O tempo voa e antes que ele acabe eu volto ao começo
Pra me entender e me reconhecer no pai que eu conheço.
E quero conhecer mais
Quero curtir meu coroa!!!!
Me entendendo com o tempo
Os ensinamentos que você passa até hoje com o seu exemplo
De respeitar as pessoas e ser correto
De ser uma fonte inesgotável de carinho e afeto
Quando eu me sinto insegura como uma menina indecisa
Escutar a voz do pai que dizia “Juízo”
Aquele simples aviso ainda me norteia, como o seu sangue que corre nas minhas veias

Muito obrigado por ter me feito nascer
Por ter me feito crescer
Por me ter feito como você..."
Thais Campidelli de Freitas
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Há alguns dias li um texto do "homem que sente", mais precisamente um texto de Matheus Jacob. 
Ele descrevera um anúncio de "procura-se", procura-se um grande Amor! (leia aqui!)
Com tamanha sensibilidade apresentou o amor dos teus sonhos e me fez pensar depois de assimilar todos os teus versos. 
Não anunciei no jornal e nem escancarei a minha busca, mas observo atentamente as oportunidades. 
Eu também procuro um amor! 
Amor daqueles que eu tinha aos 15 anos, desses que nos arrancam suspiros, noites de sono e nos roubam os sonhos. 
Aquele tipo de amor que te faz pensar na pessoa como se ela fosse o ar que você respira! 
Tudo bem, não precisa ser amor na proporção exagerada que se tem como os hormônios à flor da pele, mas também não precisa ter todo o pudor e razão que a experiência e a idade nos trás. 
Quero amor por amor, por carinho, por respeito, por presença, por companhia, amor por mim... 
Quero amor com causa e consequência, afeto que afeta!
Quero um sorriso largo ao encontrar e um pontinha de saudade insuportável na hora do tchau!
Todo esse sentimento que desejo eu também saberei dar e acima de tudo vou cuidar de quem manter-se assim por mim.
Aquela velha história de "quem ama cuida", da minha parte sempre foi assim, falta agora ter a recíproca verdadeira. 
Quero um amor que me traga a certeza que o meu coração sempre quis. 
Um amor que faça dos meu versos uma descrição pura da minha sincera felicidade. 
Um amor que me deixe feliz por ter alguém com quem dividir minhas idéias, minhas mágoas, minhas coisas chatas, meus carinhos, meu horário nobre às sextas e sábados a noite, meus domingos de preguiça com pipoca e cobertor e principalmente me dividir.

Acho que amar alguém é ter um pedacinho do seu coração batendo longe de você.
Aquele pedacinho que quando não se encontra, deixa o coração descompassado! 
Alguém não pra chamar de meu, porque amar não é possuir, mas sim pra dizer "tá comigo!", "tô contigo" e "tamo junto". 
Alguém pra fechar parceria pra tudo! 

Procura-se uma amor daqueles que nos deixe rosa, com a mão suando e coração tremendo! 
Procura-se um amor com abraço de urso no qual caibam todos os meus sonhos e medos. 
Procura-se um amor desses de cinema ou da vida real, tanto faz! Desde que seja amor...

Procura-se um amor pra mim! 

A observar, a caminhar, a viver e a conhecer... 
"Vivendo e aprendendo a jogar!" - até que a gente possa se encontrar! 
Thais Campidelli de Freitas
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Às vezes é bom escutar a opinião de outras pessoas e assim formar a nossa verdade e a nossa perspectiva diante dos fatos.
Escutei de uma pessoa que aos olhos dela eu tenho uma alma romântica e sonhadora.
Minha primeira reação foi tentar negar pra demonstrar força e pompa, como medo de que eu pudesse ser vista como uma pessoa ingênua por ser assim.
Depois da conversa, me coloquei a pensar e vi que realmente não dá pra fugir daquilo que nos compõe, não dá pra escapar daquilo que é contido na fórmula de nossa essência.
Hoje em dia eu escuto tanta coisa ruim e tantos absurdos, que sem perceber me comporto diferente daquilo que eu sinto. A vida (moderna, superficial, perecível e atual) tende a forçar a barra para que todos sejamos assim!
Como se agindo desta forma eu pudesse me proteger!
Bobagem!
Eu já ouvi alguém dizer que quando falamos ou agimos impulsionados pelo amor, parecemos idiotas e que o grande lance de viver esse sentimento e esse misto de sonhos é esse mesmo, ficar bobo e encantado com qualquer riso ou gesto.
É normal ter que bancar a pessoa forte, decidida e firme.
É mais fácil encarar as coisas dessa forma, pelo menos é o que tentam nos fazer acreditar.
Logo, se você sente demais ou age conforme mandam os seus sentimentos, você é um babaca, um fraco e um idiota por acreditar que os sentimentos são realmente mais relevantes que a porção de razões que nos guiam.
O amor foi banalizado e hoje em dia todo mundo “ama” todo mundo, sem saber o que realmente é amar.
Na verdade eu adoro ser esse tipo de gente “idiota” e já estou bem cansada de não poder me mostrar assim.
Tenho consciência que em parte esse desconforto foi criado por mim mesma.
Quando se tropeça uma, duas ou dez vezes você começa a olhar muito pros próprios pés, acha que eles são tortos e acaba não olhando pra frente e nem em volta, pois acredita que o problema é sempre você!
Então eu imagino, crio, recrio, pinto e bordo minhas ideias e os meus ideais.
Fingir não é um feitio da minha personalidade e por mais que o ambiente me obrigue a despistar a verdade, eu não consigo e aí as pessoas como essa que puxou conversa comigo, percebem que sou uma sonhadora “idiota” de cabeça cheia.
E quer saber? Deixem que elas vejam como eu sou e pensem o que quiserem pensar!

Estarei bem melhor assim!
Thais Campidelli de Freitas
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Domingo chuvoso pós festa que varou a madrugada de sábado, é dia de ficar curtindo a “nhaca” e a delícia de poder viver o ócio.
Aquele dia propício pra pegar um pote de pipoca e um cobertor, sentar no sofá ao lado da melhor amiga, colocar um filme meloso e tagarelar sobre as encanações, os problemas e as situações que andamos vivendo.
E foi assim, um galã fofo e todo engraçado, aquele tipo de cara que todas as meninas gostariam de conhecer e a mocinha, uma mulher linda com um olhar misterioso que faria qualquer rapaz penar pra desvendar o que aqueles grandes olhos escondem.
Tudo lindo e encantador, tudo dá certo quando tem que dar e uma música bonita e cativante toca sempre quando eles se entrelaçam e se beijam apaixonadamente.
Aquilo tudo é um sonho!
Aí a sua cabeça de mulher que já é complexa por natureza começa a viajar há quilômetros de distância e cria lugares, junta pessoas e ameaça a te levar pra uma realidade que não existe.
É nesse momento que você logo pega raiva do filme, do galã e da mocinha!
Que saco! Que vida é essa que só existe no cinema e não se apresenta a quem morre de vontade de viver isso?
Não é possível que esses pensamentos todos que preenchem as linhas dos roteiros de amor, sejam apenas devaneios de autores extraterrestres que vivem num mundo paralelo e irreal.
Me questiono porque as relações não poderiam acontecer tão lindamente como nos filmes.
Os seres humanos estão aí para viver tudo o que há pra viver!
Porque será que tudo sempre é muito mais difícil do que aquilo que aparece na tela?
Será que os tais autores descomplicam muito ou somos nós que complicamos demais?
Tudo bem, não precisamos acreditar que tudo na vida real será completamente perfeito e especialmente romântico, mas esperar o mínimo de semelhança não seria nada mal.
Tento ainda acreditar que essas histórias de filme acontecem e aos montes, é só uma questão de deixar a descrença de lado e observar!
Eu sei que isso deve existir, ô se deve! Só não acontece na minha vida! =P


Thais Campidelli de Freitas
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Pra ela parecia que tudo a sua volta era perfeito mesmo diante do caos.
Pessoas sorrindo por todos os lados, amizades instantâneas preenchendo o espaço dos velhos laços e um ar superficial recobrindo as relações que via.
O mundo ao contrário ficava em ordem naquela bagunça.
Tudo estranho, mas todos pareciam estar bem!
Acho que se acostumaram com a situação e aprenderam a conviver com as atitudes peculiares dos dias de hoje.
Menos ela!
Ela que não deixava os olhos arregalarem para não demonstrar que sentia total estranheza e desconforto.
Ela que já não conseguia sorrir de graça.
Ela que não tinha mais graça.
Perdeu o brilho no meio do caminho e não lembra em qual curva da estrada perdeu o controle.
Não encontrava mais o ânimo que fazia parte da substância que formava sua essência.
Não sabia mais qual era o seu valor.
Se perdeu completamente de si.
Não acreditava nem em metade das coisas que escutava e hoje prefere se calar do que dizer qualquer coisa a quem não está disposto a lhe ouvir de coração aberto.
Não sabe mensurar que dose de valor aplicar nas atitudes que toma, pois somente encontra pessoas que se importavam muito pouco ou quase nada com isso.
Ao perceber isso entendeu que o valor das coisas hoje em dia é diretamente proporcional ao interesse que se tem em alguma coisa.
Se não houver interesse é melhor nem tratar direito, nem ligar, nem se preocupar, nem cuidar...
Então ela se cansou...
Cansou das pessoas e ficou alí, sem esboçar nenhuma reação. 
Parece viver em estado de choque. 
Não tem vontade de esfregar os pauzinhos pra ver nascer luz!
Vive dentro da canção de Arnaldo Antunes que dizia:  “Socorro! Alguém me dê um coração, que esse já não bate e nem apanha”.

Ela já não sente nada!
E ela só queria ficar sozinha escutando o barulho dos seus pensamentos no silêncio de um canto qualquer.
Thais Campidelli de Freitas
Imagem da internet - reprodução

Acordou cedo e se decidiu! 
Tomou coragem e aceitou: "Eu quero ele! É ele!".
Lembrou de estampar o sorriso nos lábios e tratou de instalar a esperança em seu coração.
Sem manual de instruções foi assimilando a fé e carregando a motivação. 
Colocou um jeans velho, um tênis e uma blusa qualquer. 
Deixou a revista cair ao pegar a chave do carro correndo. 
Bateu a porta e nem escutou o conselho de sua mãe que dizia: "Vai com cuidado, filha!". 
A esta altura do campeonato os 45 minutos do segundo tempo já haviam tido acréscimo e a prorrogação já estava no fim. 
Seu coração não aguentava esperar!
Sua vida precisava de um gol de ouro e foi isso que ela fez.
Se tivesse escutado o aviso, de sopetão responderia: "Cuidado, mãe? Pra quê? Agora qualquer gol de mão vale." 
No atropelo e com a urgência que controlou por meses foi atrás do abraço que tanto queria e seguiu.
Caiu na estrada e foi pensando em tudo o que gostaria de dizer ao dono dos seus pensamentos. 
A cada troca de marcha uma lembrança trazia a certeza de que aquilo era o melhor a fazer.
Era ele o cara pra ela. 
Era ele aquele que fazia o coração disparar, a bochecha rosar e o mundo parar!
Ela só queria um abraço tranquilo e conforto daqueles braços.
Ter a chance de se desculpar pelas coisas que não fez, confirmar que tudo que foi bom continuaria e que o que fosse um novo desejo se esforçaria pra dar. 
Rodou 20, 30, 60 km e chegou ao local onde o seu sonho tomava forma. 
Pensou mais uma vez, respirou e lembrou que milhões de palavras não seriam suficientes para explicar o que estava sentindo. 
O amor é assim, difícil de definir! É o que dizem...
Não dá pra explicar.
A mão transpira e a boca perde a sua capacidade de emitir sons. 
Não saí nada! 
É nessa hora que os olhos ganham fama de tagarelas, pois são eles que escancaram tudo aquilo que a boca não conseguiu colocar pra fora. 
Abriu a porta e desceu do carro. 
Tocou o interfone e sentiu suas pernas amolecerem. 
O portão se abriu e naquele momento passou um filme em sua mente. 
"Tô aqui, agora já era!" pensou ela. 
Sem demora pegou a mão dele e abriu o sorriso mais largo que conseguiu. 
Ele a puxou pra perto e tiveram o abraço mais demorado dessa história. 
Ficaram meio assim, sei lá... 
Não havia nada a ser dito, eles só precisavam sentir. 
As palavras ficaram por conta do rádio do carro que tocava um dos cantores favoritos dela...

"Sei lá, tanta coisa eu tenho aqui pra te dizer...

Tanta coisa eu tenho em mim pra falar pra você.
Tanta coisa eu tinha mas não tenho mais, tanta coisa que ficou pra trás, mas agora vai.
Agora vai ficar meio ridículo, como todas as cartas de amor, que eu nunca te escrevi.
Agora, se você tivesse aqui, se você quisesse ouvir, agora, se você pudesse me seguir, eu ia te levar pra conhecer todo aquele sentimento que eu não soube te dizer.
Se você pudesse vir, se você pudesse ver, aqui dentro, onde o tempo não soprou o vento que faz esquecer, eu ia dizer tudo de uma vez...
Não sei, eu acho que eu não ia dizer nada.
Ou fazia tudo ao mesmo tempo, gritando o meu silêncio na nossa voz calada...". 


Ao som de Gabriel o Pensador eles juraram não perder nem mais um minuto, pois se o que eles precisavam era certeza, hoje em dia eles não tem mais dúvidas! 

"Obrigada, menina por ter me escutado depois de tanto tempo. Hoje eu já não bato amargurado!"
Ass: Seu coração