Thais Campidelli de Freitas
Estamos em época de Copa do Mundo. 

Todos nós sabemos da paixão que o brasileiro tem pelo futebol. Sentimento este que se comprova na quantidade de garotos que tem o sonho de ser um jogador de futebol, nas massas que lotam os estádios, no grande número de jogadores de "fim de semana" adeptos das "peladas" e na imensa quantidade de técnicos que encontramos nas ruas a cada convocação.

Não sei de onde a paixão por este esporte em questão nasceu. Mas sabemos que grande ícones fizeram com que a paixão crescesse ainda mais.

E cá estamos mais uma vez a beira de mais um grande evento esportivo que paralisa o mundo. São vários "90 minutos" que trazem pra si os olhares de várias nações.


Nasci em 1988 a Copa de 1990 eu não me recordo de nada, né? Também puderá no auge dos meus dois anos e três meses eu curtia mesmo era a minha mamadeira com achocolatado Toddy.

Já a Copa de 1994 foi a minha primeira. Lembro-me como se fosse hoje! Meus pais compraram camisetas pra mim e minha irmã. Era uma camisetinha com metade do corpo verde e a outra metade amarela com o logo da copa estapampado (este que está aqui embaixo).



Meu avô usava uma camiseta com o desenho se uma mão indicando o número "1" e foi isso que a nossa seleção se consagrou naquele ano. Fomos o número 1 de 1994! Tetra campeões mundiais. 

No dia da final era aniversário do meu tio, o tio Vanderlei. Minha vó fez um bolo enorme confeitado com coco ralado na cor verde, desenhou um campo de futebol, colocou as traves e vários bonequinhos de plástico uniformizados em cima. Um campo de futebol perfeitinho com velhinhas que explodiam. "É Tetra, é Tetra!!!!" gritava Galvão Bueno na televisão e com certeza todos ali presentes nunca mais esqueceriam o nome do goleiro Taffarel.

Me lembro como se fosse hoje. Meu tio deu a volta em toda a casa da minha vó de joelhos chorando! É o futebol e a Copa mexe com as pessoas de uma maneira inexplicável. 

Uns "cornetam", outros choram, uns criticam e dizem que não convém parar tudo por conta de futebol. A única coisa que eu sei e sinto, é vontade de torcer e vibrar. 

Acho que não há mal em parar alguns minutos a cada 4 anos pra prestigiar a seleção.

Então boa abertura de Copa do Mundo pra você! Vamos curtir a festa que une nações e contagia milhares de pessoas. 

Sorte aos nossos na África do Sul! 

BRASIL!!!!!!!!!!!!!!

Thais Campidelli de Freitas
Thais Campidelli de Freitas
A forma mais simples de se demonstrar felicidade.
A mais simples forma da sinceridade.
A entrega da falsidade.
O disfarce do desespero.
A luz da vida...
Que clareia o dia cada vez que alguém sorria.

Thais Campidelli de Freitas
Thais Campidelli de Freitas

Já é sabido que o ser humano sozinho não consegue muito.
Toda sociedade sabe da necessidade que existe em se unir, vestir a mesma camisa e lutar por um objetivo comum.

O objetivo comum de ajudar ao próximo e amá-lo como a ti mesmo.
Precisamos visar interesses.
Que tipo de interesses? Os seus? Os meus? Não...
Os NOSSOS interesses. Os interesses de bem comum.
É sobre este assunto que o texto de hoje trata.
O bem do próximo...a solidariedade...
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Era sábado dia 15/05/2010. Fui à faculdade para realizar um prova de estatítica. Logo que cheguei à faculdade percebi um burburinho dentro da sala, pensei que fosse sobre a matéria ou sobre as possíveis questões da prova. Engano meu!

A conversa era sobre uma campanha que estava sendo realizada numa faculdade próxima a minha e que passaria pela minha instituição na próxima semana.
Uma amiga me contara que a campanha era em pról de um aluno que sofria de leucemia.
A campanha consistia em encontrar possíveis doadores de medula, tanto para o aluno em questão quanto pra qualquer pessoa que precisasse de um transplante de medula óssea.

Não conhecia o rapaz, mas já havia cruzado com ele algumas vezes no corredor. Pensei que ele estivesse com a tal gripe suína, pois ele começou a frequentar as aulas com máscara cirúrgica bem na época do surto. Bem não era este o problema dele, era algo muito maior e que exigia muito mais cuidado e preocupação.


Antes de iniciar a prova perguntei à amiga do começo da estória o que era necessário para fazer o tal cadastramento. Ela me explicou que era bem simples, deveríamos apenas fazer uma coletar de sangue (como um exame de sangue normal).


Logo que escutei que tudo era muito simples pensei: "Mas não é só isso! E se eu for um doador compatível? Seja lá com o aluno ou com qualquer outro paciente?". Várias coisas vieram martelar minha cabeça, inclusive a idéia de que o procedimento cirúrgico para coleta era nada mais nada menos do que uma agulha imensa sendo introduzida em minha coluna. Isso me causava muito medo e arrepios.


O professor entregou a prova e enquanto calculava frequências e desvios padrão fiquei pensando no rapaz, na família dele e em tantas outras coisas que me deixaram inquieta.
Por um segundo me coloquei no lugar deles todos.

Ao fim da prova perguntei a minha amiga se ela poderia ir comigo até a outra faculdade. Ela no momento concordou.
Na entrada da faculdade percebomos um grande número de carros, adentrando a faculdade encontramos várias pessoas nos corredos em filas com formulários e questionários nas mãos. Solicitamos informações com uma voluntária da fundação que organizava a coleta (Fundação Viva Caio - http://www.vivacaio.com.br/). Ela nos explicou que deveríamos assistir a um vídeo.

Seguimos em frente, em direção a sala onde era realizada a "palestra".
Na entrada da sala o monitor disse que a apresentação era um pouco demorada e que aos que tivessem pressa era melhor sairem. Pois aquele momento era um momento pra entender a causa e tirar todas as dúvidas que eram nítidas em cada rosto.
O vídeo foi apresentado e todos ali presentes ficaram perplexos ao ouvir a seguinte frase: "A chance de se encontrar um doador aparentado é de 25%. A chance de se encontrar fora da família é de UMA em HUM MILHÃO".

Foi possível escutar os comentários: "Nossa...", "Meu Deus do céu..." e etc.
E foi exatamente isso tudo que eu pensei!
Mas o que me deixou com uma pontinha de esperança foi o fim do vídeo.
Que dizia assim "Ajude! Você pode ser UM em HUM MILHÃO".


Sai da sala disposta a me cadastrar e quem sabe poder ajudar alguém.
Passei pelo cadastramento e quinze ou vinte minutos depois já havia realizado a coleta de sangue. Hoje os meus dados fazem parte do REDOME (Registro de doadores de medula). Se algum dia alguém precisar deste pedacinho de mim eles vão entrar em contato.


O processo é simples e durante a palestra você vê que nem tudo é um bicho de sete cabeças, diante da grandeza do que você vir a realizar.
Você pode ser a salvação, a cura de alguém.
Pense! Se você for um doador compatível acredite você é no mínimo abençoado por isso.
Sei que todo mundo pensa no que pode acontecer, em como pode ser a recuperação e quais os riscos que este transplante pode trazer.



Segundo estudos não há relato de nenhum problema grave sofrido pelos doadores, é retirado apenas uma partezinha da medula que se recupera dias depois.
Se você se interessou acesse http://www.doemedula.com/

Lá é possível tirar todas as suas dúvidas, ler relatos sobre pessoas que já passaram pelo procedimento de doação, localizar os postos de coleta e cadastramento em sua cidade. Lá você também encontra depoimentos de pessoas que doaram e de pacientes que vivem normalmente após o procedimento.

Agora pra terminar toda essa conversa digo a vocês que o fim é triste.
O aluno da faculdade teve uma recaída e não resistiu.
A campanha iria acontecer na nossa faculdade no dia 20/05, ele faleceu em 17/05.
Ele não teve a chance de esperar pelo doador compatível, mas sua história e luta motivou vários alunos e moradores do bairro a participarem da campanha que foi realizada como havia sido divulgado e levou 558 pessoas às salas de coleta.

O Brasil é imenso e podemos aumentar o número de doações se quisermos.
Basta começar a pensar não só pra dentro e sim pra fora.
Hoje somos saudáveis, o amanhã ninguém sabe...
Cadastre-se e pense nisso!

Ser um doador é primeiro doar ESPERANÇA e depois é doar VIDA.


Thais Campidelli de Freitas