Thais Campidelli de Freitas
Imagem: Reprodução 
E assim eu lhe disse "Adeus".
Como quem bate a porta e vira as costas, lhe deixei pra trás.
Como alguém que se esquiva e corre, para não escutar o que outro tem a dizer.
Como alguém que grita alto e estridente, para que os seus anseios e o seu coração não possam ser escutados.
Eu lhe virei as costas.
Não fisicamente.
Mas no embaralhado das minhas idéias.
Coloquei um ponto final na oração, que feito prece, suplicava por piedade.
O tempo cruel e bandido se fazia de surdo.
Não escutava as exclamações, que eu repetia insistentemente no fundo de mim.
Que hoje seja o fim...
Das minhas confusões.
Das minhas lamentações.
Das minhas súplicas por você.
Que sejas feliz no teu mundo!
O meu retoma a construção, com atraso, mas convicto de que o alicerce que deveria ser feito, assim está.
Embasado nas dores de ontem, fundido às duvidas de outrora e em constante evolução junto aos sonhos e as linhas de amanhã.

Adeus!