Thais Campidelli de Freitas
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Mais uma vez aquele coração remendado forçou suas costuras, quase arrebentou as linhas que o mantêm inteiro e se encheu daquela sensação esquisita e gostosa que faz com que sintamos cócegas na barriga – são as tão famosas borboletas do tipo das que vivem no meu estômago.

Pela primeira vez aquela mente cheia de ramificações, pensamentos, sentimentos confusos e apressados, desacelerou!

Parou de correr à frente e percebeu que é melhor receber um pingo de chuva de cada vez!  
Entendeu que dar um tiro de 100 metros e sair colhendo todos os pingo cansa, embaça a vista e molha muito mais do que se estivesse parada esperando cada pingo acertar-lhe ou não.  

O coração descobriu que mesmo colorido e estampado por cada pedaço de retalho, pode sim bater diferente, assim como bateu nesses últimos tempos.
Ele era tão descrente, vivia tão vazio e ao mesmo tempo tão cheio de passado.

Deixou com que um espaço se abrisse para que o novo entrasse e mesmo que discretamente deixou-se levar pelo que sentia e esqueceu todo receio e medo que já faziam parte daquilo que ele se tornara.

Entendeu que a graça de não saber o que vai acontecer é justamente a surpresa que o mistério pode trazer, porém sentiu que mesmo sem esperar nada, a surpresa pode não ser aquela que nos deixará mais feliz. Paciência!

Ah! A paciência! Depois de aprender a conviver com ela o pobre coitado teve de compreender que as “surpresas” nem sempre chegam devagar e de vez em quando vêem como um pé na porta ou melhor um pé no peito mesmo.  Peito este que serve de abrigo para este teimoso pulsante.

Nesse momento é preciso reforçar as linhas e colocar mais um retalho por cima do buraco que se abriu para que a novidade pudesse entrar.

É hora de reprogramar a mente para que ela não entre no ciclo vicioso de achar que “as coisas são assim mesmo” e que não acredite que tudo sempre termina com um “é melhor assim” ou  um “melhor agora”.

É tempo de virar mais uma página de um livro que ainda tem muitas folhas em branco esperando “ansiosamente” para serem escritas...
Iniciando sempre com um “Era uma vez...” e não com um “Mais uma vez” porque o que esse coração desajeitado quer é sempre tudo novo, de novo!

Thais Campidelli de Freitas
Thais Campidelli de Freitas

Então vai lá garota, joga as velhas roupas fora e junto com elas tudo aquilo que já se acostumou com a sua forma de ser e estar. Conheça novos lugares, descubra novos sabores e abrace outros amores.
Conheça gente nova e redescubra os velhos amigos.
Sorria outros risos e sinta o gosto da mudança.
Divirta-se com a novidade e se entregue de verdade a esse surpreende e delicioso mistério de ser o que se é.
Eu sei que não é fácil se mostrar de cara limpa, mas você verá que é incrivelmente gostoso poder rir sem censurar-se até os olhos marejarem.
Vai perceber que o choro solto, sem culpa e sem vergonha é aquele que move milhões de litros de angustia e mágoa dentro de você.
Descobre que esse é o choro que te leva de volta pra areia e te tira do mar aberto das dúvidas e incertezas.
De confusão o mundo já tá cheio e criar um vulcão dentro de você não vai ajudar.
Portanto abrace mais, saia da posição defensiva na qual vive e deixe-se surpreender por um abraço apertado de quem te quer bem.
Conforte-se nas pessoas que motivam seu coração e sinta o cheirinho da amizade toda vez que deitar seu rosto nos ombros de alguém.
Pare de julgar-se o tempo inteiro e principalmente tente cobrar-se menos.
Dê descanso aos seus pensamentos.
Pare de pensar por um tempo...
Chega de se esconder atrás de coisas que criaram pra você e te deixam pra baixo, isso não tem nada a ver com você!
Sinta a vida, na verdade você precisa sentir-se mais leve!
Por que sentir tudo à flor da pele eu já sei que você sente.
Acredite nas pessoas, você também é digna de elogios e cuidados.
As pessoas te enxergam e agora pra continuar é necessário apenas que você abra os seus olhos!!!!!

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Thais Campidelli de Freitas
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Tem dias que eu te persigo nas lembranças e tem dias que eu te esqueço.
Também são tantas coisas pra fazer, tantas pessoas, tantas obrigações e alguns direitos...
Depois de esquecer paro e penso como eu fui capaz de viver tanto tempo sem lembrar.
Quando lembro me pego com vontade de te encontrar.
Encontro esse que jamais aconteceria, porque no fundo eu não gosto de querer te ver.
Por saber que talvez as coisas nunca mudem e nunca possamos mais ser, como já não somos!
Fico imaginando o que pensas nesses dias que viram a folhinha do calendário e contam o tempo.
São quadrinhos e quadrinhos um atrás do outro que se repetem...
Todos eles não voltam mais e já foram marcados por um X.
Vivo de sonhos que se passam em lugares que ficaram presos no passado, junto das pessoas que faziam parte daquele cenário.
São coisas que não existem mais.
Gostaria de saber o que sentiria ao saber que este blog em seu contexto geral é inspirado em você.
Inspirado nessa vontade desmedida e questionada que ronda o meu coração.
Hoje acordei mais uma vez com a sensação de ter mergulhado no teu abraço e de ter esquecido tudo de ruim que possa ter acontecido.
Não lembrei do presente e do que somos hoje.
Tem dias que eu vivo um flash em algum lugar do passado.