Thais Campidelli de Freitas
Ouvindo: It was there - Yan Tiersen


Depois de tanto vazio eis que o coração daquela garota se enche de novo de vontade.
Como um pulmão sedento por oxigênio depois de intermináveis minutos debaixo d´água, ela se deixa expandir.
Teu sorriso anda solto e teus olhos já não tentam mais esconder o brilho que tem.
Feito flor que desabrocha com a chegada da primavera, a garota se abre ao interessante e irresistível prazer de não saber o que a espera na próxima curva da vida.
Sua mãos estão livres e não calculam qualquer movimento, tocam e buscam tudo o que desejam.
Como marionetes que tiveram as cordinhas arrebentadas, seus membros se movimentam e a levam por lugares desconhecidos, por caminhos diferentes e testam a sua capacidade de imaginar e querer tudo aquilo que eles podem alcançar.
Seu coração não se desculpa por cada calafrio que a faz sentir, pois sabe são esses arrepios que fazem a diferença entre apenas existir e realmente viver!

Texto de Dezembro de 2014.
Inspirado no filme "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain".
4 Responses
  1. Como fizeste falta! Quanta falta dessa menina imaginativa e humana que habita esse coraçãozinho poético.
    Pois é, que texto belíssimo!
    A menina despertou para si, para a vida e, provavelmente, para o amor e a felicidade! E o símbolo maior disso são os arrepio!! Sim, eles dão o sinal da diferença, de toda a diferença entre existir e viver!!
    Belíssimo, belíssimo, belíssimo! Beijossssssssss


  2. Este comentário foi removido pelo autor.

  3. Fico feliz em saber que eu falta, pois só sentimos falta do que é bom!
    Eu senti falta de mim e dos meus versos nesse tempo, mas minha cabeça andava tão tumultuada que as palavras e nem os pensamentos conseguiam se conectar.

    Mas agora acho que as coisas devem ficar em ordem dentro de mim.

    Um super beijo pra você, Luc!


  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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