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Era exatamente isso que ela fazia há tempos.
Fazia pouco caso dos elogios que recebia, de suas vontades e até mesmo de seus pensamentos.
Não foi simples aceitar, que o fato de não duvidar de si mesma, não garantia a confiança que tanto desejava.
E assim viveu num eterno balançar!
Como um barquinho no mar foi de um lado pro outro.
Ultrapassou ondas imensas de mágoas, deixou água escorrer dos olhos por suas dúvidas e se esquivou dos anseios.
Aproveitou o mar aberto de emoções e abandonou num farol antigo seus desejos impossíveis.
Como quem se livra de tranqueiras empoeiradas, trouxe consigo somente sonhos.
Aqueles que por maiores que sejam, não fariam a embarcação virar.
Mar calmo nunca fez bom marinheiro e depois de noites de tormenta, compreendeu que todo peso que desequilibra o barco e a vida, não valem o desgaste do corpo, da alma e do coração.
Aprendeu a conviver com o embaraço e com o enjoo que vez outra o mar e a vida trazem.
Desde então sente-se às vezes por baixo, outra vezes por cima, mas não desiste de estar a bordo do melhor barquinho de todos, sua própria história!
Que coisa bela, moça! Que viagem dessa moça! Pois não é de tudo isso que se constitui a vida?! Quem dera pudéssemos ter mar calmo e brisa! Mas não é assim, é fo exato jeito que descreveste. Às vezes, é preciso aliviar-se o peso do barco, sejam tranqueiras ou não; porque às vezes é preciso escolher o que (ou a quem) levar.
Tu és uma escritora perfeita. Como sinto tua falta!
Beijossssssss