Thais Campidelli de Freitas
Estes dias atrás me peguei pensando em algumas pessoas que desapareceram da minha vida.
Pessoas que durante muito tempo julguei como importantíssimas e essenciais. Pessoas nas quais eu confiava e acreditava que fariam parte da minha vida pra sempre.

Algumas delas simplesmente escolheram por deixar minha história. Tentaram retornar em algum momento, mas a aquela altura do campeonato já era complicado demais. É difícil aceitar e recriar tudo novamente por mais que se tente. Outras acabaram ficando pelo caminho, perdidas em meio às mudanças pelas quais eu passei, foram ficando presas uma a uma em alguma das fases da minha vida.

Mas às vezes me pego pensando em como essas pessoas andam, que rumo suas vidas tomaram, se moram no mesmo lugar, se casaram, se foram pra faculdade, se tiveram filhos, se ainda estão vivos...

A sensação de “perder” alguém (que ainda vive) pra sempre é cruel.

É triste pensar que por tanto tempo alguém foi tão especial, tão necessária e hoje você simplesmente não sabe mais nada sobre ela. Isso porque as pessoas mudam e o tempo é quem se encarrega por isso.

Encontrar essas pessoas nos dias de hoje, seria para mim um encontro com um passado distante, com uma Thais que talvez não exista mais. Uma Thais que cresceu justamente por ter perdido essas pessoas no meio do caminho, que aprendeu que nem sempre tudo o que se quer é possível. Que percebeu que aquilo que não se acredita que possa vir acontecer, acontece (e sempre acontece). Que vê que vida é linda e às vezes chega a parecer um sonho, mas que nem sempre é doce como aqueles que compramos em padarias.

Que aprendeu a sorrir por si mesma! Que ainda continua vivendo em um mundo “seu” paralelo e meio flutuante, que ainda viaja na maionese e no seu emaranhado de pensamentos.

Alguém que por mais que tenha mudado não se perdeu daquilo que é. Acho que pra essas pessoas seria uma surpresa ver como a minha maneira de encarar a vida e as pessoas mudaram.

Hoje eu me coloco em primeiro lugar, mas sem deixar que o orgulho suba a cabeça, sou no fundo a mesma de ontem com uma casca um pouco mais dura e um “tantinho” mais arranhada.

Mas sou uma Thais que por mais que pareça descrente naquilo que sempre acreditou, não muda o seu coração em sua forma e sentimento.



Gostaria de saber o que os “meus especiais do passado” sentiriam ao ver o meu presente e o que eu ainda posso construir. Por que eu ainda penso em como eles podem estar vivendo...

Thais Campidelli de Freitas
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