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Em outros dias o que nos resta é apenas a reflexão e o conforto da reclusão de nossos pensamentos.
Aqueles solitários que só a gente conhece.
O dia de ontem foi um dia assim.
Um fato trágico na história desse país tira a vida de uma pessoa, como num passe de mágica se tira um coelho da cartola.
A velocidade dos fatos deixa qualquer um impressionado com a fragilidade do ser humano.
Ontem fiquei pensando nisso e pensei muito.
A morte é uma coisa triste e muitas vezes inacreditável, mesmo sendo a única certeza que temos na vida.
E ao pensar no que havia acontecido comecei a repensar a vida de maneira geral.
Não somos nada além de velas acesas que com um simples brisa podem se apagar.
Somos velas postadas em pé!
Somos velas mais cheinhas, mais finas, um pouco tortas, umas mais pra esquerda e outras mais pra direita.
Algumas vermelhas, outras pretas, brancas, amarelas ou multicoloridas.
No fundo somos todos velas.
Cabe a nós cuidarmos da vela para que ela não entorte demais, não quebre e principalmente não apague.
O sonho de todo mundo é deixá-la apagar quando não houver mais nada pra queimar.
Quando nosso coração não aguentar mais bater e de preferência que isso aconteça enquanto estivermos sonhando, pois estaremos no melhor dos nossos mundos.
Então eu fiquei matutando que por mais que pareçe clichê realmente não podemos deixar nada pra amanhã.
Temos que fazer hoje e se possível agora.
Senti vontade de parar tudo o que estava fazendo pra dedicar 15 minutos a essas linhas.
Pra deixar aqui registrado o quanto eu sou grata a vida que tenho, a família que me cerca e apoia, aos meus amigos, ao meu trabalho e tudo aquilo que eu conquistei como pessoa.
Não há nada que eu possa pedir, pois tudo que eu poderia imaginar são apenas coisas.
O que eu preciso pra viver eu já tenho e sou muito feliz.
Muito obrigada, meu Deus! Por me permitir viver tudo isso!