Thais Campidelli de Freitas
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Naquela noite ela não queria nada além de um cerveja bem gelada, boa música e a companhia daqueles que fazem da sua solidão um lugar confortável.
Bagunçou o seu cabelo no estilo Gisele, passou o seu melhor batom vermelho, pegou a chave do carro e partiu!
Foi em busca de mais uma madrugada de diversão.
No caminho foi escutando suas músicas favoritas, acelerando e cantando, até que o destino e a desorganização de seu iPod tocaram uma música daquelas bem "top 10 para curtir a sua fossa!".
É normal associar momentos e pessoas com alguma música, com ela não foi diferente.
E por ironia do malvado do destino aquela era a música "number one" da sua fossa de tempos atrás.
Depressa ela apertou o botão forward do aparelho de som e seguiu a vida.
Nos últimos tempos tem sido assim, ela não tem mais tempo pra choramingar o passado e não tem saco pra retocar a maquiagem por causa de uma figurinha que já deixou de ser "especial" no álbum de sua história.
Hoje ela vive o que há pra viver e não tenta prever o que será.
Estacionou o seu carro, demorou para calçar sapato os sapatos de salto alto e saiu.
Desfilou equilibrando o seu charme e exalando o seu perfume caro, importado e diferente.
Ela era definitivamente incomum!
Se tornava distinta entre a mesmice das garotas de hoje que são esteriotipadas e seguem um mesmo padrão de beleza, comportamento e personalidade...
Ela se impõem e rouba a cena sem fazer esforço.
Aquilo ali é ela!
Já chega sorrindo, cumprimentando um e outro.
Ela conhece todo mundo e adora conhecer ainda mais.
Acha graça em ser amiga dos amigos!
Encosta no bar pede sua cerveja favorita e sente o clima que envolve aquelas pessoas a meia luz.
Segue em direção aos "parças" de sempre e se diverte.
Escuta o som e se deixa levar, fecha os olhos e sorri como se estivesse sozinha dançando sem que ninguém pudesse vê-la.
Ela se sente bem, livre e feliz!
Nem sempre foi assim, mas ela aprendeu a ser ela mesma e ter a confiança que por ora ficou escondida.
Até que alguém a puxa de volta pro mundo real e diz: -Você é linda dançando assim!
Sem jeito ela num meio sorriso agradece o elogio.
A essa altura do campeonato não conseguia mais dançar sem tentar perceber aquele olhar de novo sob ela.
E foi só ir ao bar para que o rapaz viesse e dissesse: - Você gosta dessa cerveja? Como assim? Mulher não bebe isso! e ela responde - É a minha favorita! E muito prazer, eu sou uma mulher!
Ele ri e sem titubear respondeu - É claro que você é uma mulher e linda por sinal! Agora só falta dizer que gosta de futebol, joga videogame e não é fresca!
E ela teve que no meio do primeiro gole balançar a cabeça concordar!
Sim, ela joga videogame, vai ao estádio com seu pai e torce pelo seu time, usa moletom largo em dia de frio e dispensa a maquiagem e a chapinha quase sempre.
Foi o suficiente para que o rapaz não quisesse mais sair dali.
Passaram horas conversando sobre coisas aleatórias, dançaram juntos e riram mais ainda.
No final da noite ele a acompanhou até o carro e tentou beijá-la.
Num ato impensado ela recuou!
Não que ela não tivesse gostado do rapaz ela só não queria beijá-lo naquele momento.
Cansou de fazer as coisas por convenção ou só por achar que devia.
O rapaz sem ação pediu com delicadeza o telefone dela, mas teve um não como resposta.
Ela disse que se tivessem que se encontrar de novo eles se encontrariam e que seria tão bom quanto essa noite em questão havia sido.
Ela entrou no carro e ele ficou parado na calçada sem fôlego e sem reação.
Ela quebrou as pernas dele e fez tudo diferente do que ele havia imaginado!
Eu avisei! Ela era incomum.
Voltou pra casa pelo mesmo caminho e com a mesma playlist, pulou a mesma música e permaneceu feliz com as surpresas que o destino vem lhe proporcionando.
Concluiu que a vida é mais leve e melhor assim, sem o peso da expectativas!
O que pra ela parecia impossível hoje é o seu estilo de vida.

"deixa o mundo girar, bota a bola no chão, deixa a bola rolar
deixa o bonde passar que eu não sei pra onde ele vai 
nem de onde vem..."
Thais Campidelli de Freitas
(Texto enviado ao meu pai em 30/10/2013)


Hoje é dia 30/10 e mais uma vez eu sou agraciada por Deus por ter a oportunidade de passar essa data ao seu lado.
Todo ano a vontade de rabiscar meus versos pra você é a mesma...
Além de desejar tudo de bom que se deseja a qualquer pessoa especial, tenho o dever de agradecer.
Agradecer muito e assim tentar te mostrar o tamanho da sua importância em tudo o que eu sou. 

Foi você quem me plantou como sementinha e fez da minha vinda pra esse mundo uma viagem tranquila e confortável.

Desde então você tornou-se outra pessoa.
Criou em você a versão: “Edgard, O Pai”.

Eu como uma das partes principais dessa história, posso lhe garantir que esta é uma das suas melhores versões senão A melhor!

No dia do nosso aniversário é comum ficarmos felizes em receber votos de felicidade, sucesso e saúde, porém são poucas as vezes que recebemos cumprimentos e carinhos que comprovem de verdade que realmente isso tudo que vivemos vale à pena.

É nesse ponto aonde quero chegar.  

Você tem a capacidade de me fazer melhor.
Você faz a diferença em mim e por mim!
Ter você por perto é o que faz a minha vida ter sentido!

Eu sou a cara do pai e tenho o seu gênio também.
Você não imagina como eu fico feliz quando eu recebo esse elogio: 

“Você é a cara do seu pai. Você é o seu pai escrito!”.

Nada poderia ser melhor, imagina você ser a “cara” do cara que você mais admira!

Não é pra qualquer um ter o melhor pai do mundo.

Muito obrigada por deixar que eu vivesse a minha vida do meu jeito, por fechar seus olhos por mim e por fazer uma prece para que o Pai sempre me proteja quando você não consegue.

Obrigada por ser meu porto seguro quando tudo dá errado e saí como você já havia me avisado.

Obrigada por manter o seu coração aberto pra mim mesmo quando a cara era fechada.
Obrigada por me empurrar pra cima e por correr para me apoiar antes que eu pudesse cair.
Obrigada por ter me dado o meu bem maior A MINHA FAMÍLIA.
Obrigada por sempre nos proteger se colocando sempre a frente para que a onda nunca arrebentasse em nós.
Obrigada por me ensinar a ser gente.
Obrigada pelo “Qualquer coisa chama o Pai”.

E depois de tanto agradecer fica aqui o meu “Parabéns pra você”.
Meu herói, meu parceiro, meu melhor amigo, meu chefe, meu professor, meu gordinho, meu PAI!  

Eu te amo mais que tudo =D

Muita saúde, muita paciência, muita paz e muito sucesso pra você!

Pra terminar eu deixo aqui um pedaço de uma letra do Gabriel  O Pensador que pode falar por mim...

“Quando eu crescesse eu queria ser que nem você.
Agora eu já cresci e ainda quero ser
Eu tenho a cara do pai e tenho cada vez mais
Eu tenho os olhos do pai e o coração
Quando eu crescesse eu queria ser que nem você
Agora eu já cresci e ainda quero ser
Eu tenho orgulho do pai e tenho cada vez mais
É muito orgulho meu pai e gratidão...
O tempo voa e antes que ele acabe eu volto ao começo
Pra me entender e me reconhecer no pai que eu conheço.
E quero conhecer mais
Quero curtir meu coroa!!!!
Me entendendo com o tempo
Os ensinamentos que você passa até hoje com o seu exemplo
De respeitar as pessoas e ser correto
De ser uma fonte inesgotável de carinho e afeto
Quando eu me sinto insegura como uma menina indecisa
Escutar a voz do pai que dizia “Juízo”
Aquele simples aviso ainda me norteia, como o seu sangue que corre nas minhas veias

Muito obrigado por ter me feito nascer
Por ter me feito crescer
Por me ter feito como você..."
Thais Campidelli de Freitas
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Há alguns dias li um texto do "homem que sente", mais precisamente um texto de Matheus Jacob. 
Ele descrevera um anúncio de "procura-se", procura-se um grande Amor! (leia aqui!)
Com tamanha sensibilidade apresentou o amor dos teus sonhos e me fez pensar depois de assimilar todos os teus versos. 
Não anunciei no jornal e nem escancarei a minha busca, mas observo atentamente as oportunidades. 
Eu também procuro um amor! 
Amor daqueles que eu tinha aos 15 anos, desses que nos arrancam suspiros, noites de sono e nos roubam os sonhos. 
Aquele tipo de amor que te faz pensar na pessoa como se ela fosse o ar que você respira! 
Tudo bem, não precisa ser amor na proporção exagerada que se tem como os hormônios à flor da pele, mas também não precisa ter todo o pudor e razão que a experiência e a idade nos trás. 
Quero amor por amor, por carinho, por respeito, por presença, por companhia, amor por mim... 
Quero amor com causa e consequência, afeto que afeta!
Quero um sorriso largo ao encontrar e um pontinha de saudade insuportável na hora do tchau!
Todo esse sentimento que desejo eu também saberei dar e acima de tudo vou cuidar de quem manter-se assim por mim.
Aquela velha história de "quem ama cuida", da minha parte sempre foi assim, falta agora ter a recíproca verdadeira. 
Quero um amor que me traga a certeza que o meu coração sempre quis. 
Um amor que faça dos meu versos uma descrição pura da minha sincera felicidade. 
Um amor que me deixe feliz por ter alguém com quem dividir minhas idéias, minhas mágoas, minhas coisas chatas, meus carinhos, meu horário nobre às sextas e sábados a noite, meus domingos de preguiça com pipoca e cobertor e principalmente me dividir.

Acho que amar alguém é ter um pedacinho do seu coração batendo longe de você.
Aquele pedacinho que quando não se encontra, deixa o coração descompassado! 
Alguém não pra chamar de meu, porque amar não é possuir, mas sim pra dizer "tá comigo!", "tô contigo" e "tamo junto". 
Alguém pra fechar parceria pra tudo! 

Procura-se uma amor daqueles que nos deixe rosa, com a mão suando e coração tremendo! 
Procura-se um amor com abraço de urso no qual caibam todos os meus sonhos e medos. 
Procura-se um amor desses de cinema ou da vida real, tanto faz! Desde que seja amor...

Procura-se um amor pra mim! 

A observar, a caminhar, a viver e a conhecer... 
"Vivendo e aprendendo a jogar!" - até que a gente possa se encontrar! 
Thais Campidelli de Freitas
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Às vezes é bom escutar a opinião de outras pessoas e assim formar a nossa verdade e a nossa perspectiva diante dos fatos.
Escutei de uma pessoa que aos olhos dela eu tenho uma alma romântica e sonhadora.
Minha primeira reação foi tentar negar pra demonstrar força e pompa, como medo de que eu pudesse ser vista como uma pessoa ingênua por ser assim.
Depois da conversa, me coloquei a pensar e vi que realmente não dá pra fugir daquilo que nos compõe, não dá pra escapar daquilo que é contido na fórmula de nossa essência.
Hoje em dia eu escuto tanta coisa ruim e tantos absurdos, que sem perceber me comporto diferente daquilo que eu sinto. A vida (moderna, superficial, perecível e atual) tende a forçar a barra para que todos sejamos assim!
Como se agindo desta forma eu pudesse me proteger!
Bobagem!
Eu já ouvi alguém dizer que quando falamos ou agimos impulsionados pelo amor, parecemos idiotas e que o grande lance de viver esse sentimento e esse misto de sonhos é esse mesmo, ficar bobo e encantado com qualquer riso ou gesto.
É normal ter que bancar a pessoa forte, decidida e firme.
É mais fácil encarar as coisas dessa forma, pelo menos é o que tentam nos fazer acreditar.
Logo, se você sente demais ou age conforme mandam os seus sentimentos, você é um babaca, um fraco e um idiota por acreditar que os sentimentos são realmente mais relevantes que a porção de razões que nos guiam.
O amor foi banalizado e hoje em dia todo mundo “ama” todo mundo, sem saber o que realmente é amar.
Na verdade eu adoro ser esse tipo de gente “idiota” e já estou bem cansada de não poder me mostrar assim.
Tenho consciência que em parte esse desconforto foi criado por mim mesma.
Quando se tropeça uma, duas ou dez vezes você começa a olhar muito pros próprios pés, acha que eles são tortos e acaba não olhando pra frente e nem em volta, pois acredita que o problema é sempre você!
Então eu imagino, crio, recrio, pinto e bordo minhas ideias e os meus ideais.
Fingir não é um feitio da minha personalidade e por mais que o ambiente me obrigue a despistar a verdade, eu não consigo e aí as pessoas como essa que puxou conversa comigo, percebem que sou uma sonhadora “idiota” de cabeça cheia.
E quer saber? Deixem que elas vejam como eu sou e pensem o que quiserem pensar!

Estarei bem melhor assim!
Thais Campidelli de Freitas
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Domingo chuvoso pós festa que varou a madrugada de sábado, é dia de ficar curtindo a “nhaca” e a delícia de poder viver o ócio.
Aquele dia propício pra pegar um pote de pipoca e um cobertor, sentar no sofá ao lado da melhor amiga, colocar um filme meloso e tagarelar sobre as encanações, os problemas e as situações que andamos vivendo.
E foi assim, um galã fofo e todo engraçado, aquele tipo de cara que todas as meninas gostariam de conhecer e a mocinha, uma mulher linda com um olhar misterioso que faria qualquer rapaz penar pra desvendar o que aqueles grandes olhos escondem.
Tudo lindo e encantador, tudo dá certo quando tem que dar e uma música bonita e cativante toca sempre quando eles se entrelaçam e se beijam apaixonadamente.
Aquilo tudo é um sonho!
Aí a sua cabeça de mulher que já é complexa por natureza começa a viajar há quilômetros de distância e cria lugares, junta pessoas e ameaça a te levar pra uma realidade que não existe.
É nesse momento que você logo pega raiva do filme, do galã e da mocinha!
Que saco! Que vida é essa que só existe no cinema e não se apresenta a quem morre de vontade de viver isso?
Não é possível que esses pensamentos todos que preenchem as linhas dos roteiros de amor, sejam apenas devaneios de autores extraterrestres que vivem num mundo paralelo e irreal.
Me questiono porque as relações não poderiam acontecer tão lindamente como nos filmes.
Os seres humanos estão aí para viver tudo o que há pra viver!
Porque será que tudo sempre é muito mais difícil do que aquilo que aparece na tela?
Será que os tais autores descomplicam muito ou somos nós que complicamos demais?
Tudo bem, não precisamos acreditar que tudo na vida real será completamente perfeito e especialmente romântico, mas esperar o mínimo de semelhança não seria nada mal.
Tento ainda acreditar que essas histórias de filme acontecem e aos montes, é só uma questão de deixar a descrença de lado e observar!
Eu sei que isso deve existir, ô se deve! Só não acontece na minha vida! =P


Thais Campidelli de Freitas
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Pra ela parecia que tudo a sua volta era perfeito mesmo diante do caos.
Pessoas sorrindo por todos os lados, amizades instantâneas preenchendo o espaço dos velhos laços e um ar superficial recobrindo as relações que via.
O mundo ao contrário ficava em ordem naquela bagunça.
Tudo estranho, mas todos pareciam estar bem!
Acho que se acostumaram com a situação e aprenderam a conviver com as atitudes peculiares dos dias de hoje.
Menos ela!
Ela que não deixava os olhos arregalarem para não demonstrar que sentia total estranheza e desconforto.
Ela que já não conseguia sorrir de graça.
Ela que não tinha mais graça.
Perdeu o brilho no meio do caminho e não lembra em qual curva da estrada perdeu o controle.
Não encontrava mais o ânimo que fazia parte da substância que formava sua essência.
Não sabia mais qual era o seu valor.
Se perdeu completamente de si.
Não acreditava nem em metade das coisas que escutava e hoje prefere se calar do que dizer qualquer coisa a quem não está disposto a lhe ouvir de coração aberto.
Não sabe mensurar que dose de valor aplicar nas atitudes que toma, pois somente encontra pessoas que se importavam muito pouco ou quase nada com isso.
Ao perceber isso entendeu que o valor das coisas hoje em dia é diretamente proporcional ao interesse que se tem em alguma coisa.
Se não houver interesse é melhor nem tratar direito, nem ligar, nem se preocupar, nem cuidar...
Então ela se cansou...
Cansou das pessoas e ficou alí, sem esboçar nenhuma reação. 
Parece viver em estado de choque. 
Não tem vontade de esfregar os pauzinhos pra ver nascer luz!
Vive dentro da canção de Arnaldo Antunes que dizia:  “Socorro! Alguém me dê um coração, que esse já não bate e nem apanha”.

Ela já não sente nada!
E ela só queria ficar sozinha escutando o barulho dos seus pensamentos no silêncio de um canto qualquer.
Thais Campidelli de Freitas
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Acordou cedo e se decidiu! 
Tomou coragem e aceitou: "Eu quero ele! É ele!".
Lembrou de estampar o sorriso nos lábios e tratou de instalar a esperança em seu coração.
Sem manual de instruções foi assimilando a fé e carregando a motivação. 
Colocou um jeans velho, um tênis e uma blusa qualquer. 
Deixou a revista cair ao pegar a chave do carro correndo. 
Bateu a porta e nem escutou o conselho de sua mãe que dizia: "Vai com cuidado, filha!". 
A esta altura do campeonato os 45 minutos do segundo tempo já haviam tido acréscimo e a prorrogação já estava no fim. 
Seu coração não aguentava esperar!
Sua vida precisava de um gol de ouro e foi isso que ela fez.
Se tivesse escutado o aviso, de sopetão responderia: "Cuidado, mãe? Pra quê? Agora qualquer gol de mão vale." 
No atropelo e com a urgência que controlou por meses foi atrás do abraço que tanto queria e seguiu.
Caiu na estrada e foi pensando em tudo o que gostaria de dizer ao dono dos seus pensamentos. 
A cada troca de marcha uma lembrança trazia a certeza de que aquilo era o melhor a fazer.
Era ele o cara pra ela. 
Era ele aquele que fazia o coração disparar, a bochecha rosar e o mundo parar!
Ela só queria um abraço tranquilo e conforto daqueles braços.
Ter a chance de se desculpar pelas coisas que não fez, confirmar que tudo que foi bom continuaria e que o que fosse um novo desejo se esforçaria pra dar. 
Rodou 20, 30, 60 km e chegou ao local onde o seu sonho tomava forma. 
Pensou mais uma vez, respirou e lembrou que milhões de palavras não seriam suficientes para explicar o que estava sentindo. 
O amor é assim, difícil de definir! É o que dizem...
Não dá pra explicar.
A mão transpira e a boca perde a sua capacidade de emitir sons. 
Não saí nada! 
É nessa hora que os olhos ganham fama de tagarelas, pois são eles que escancaram tudo aquilo que a boca não conseguiu colocar pra fora. 
Abriu a porta e desceu do carro. 
Tocou o interfone e sentiu suas pernas amolecerem. 
O portão se abriu e naquele momento passou um filme em sua mente. 
"Tô aqui, agora já era!" pensou ela. 
Sem demora pegou a mão dele e abriu o sorriso mais largo que conseguiu. 
Ele a puxou pra perto e tiveram o abraço mais demorado dessa história. 
Ficaram meio assim, sei lá... 
Não havia nada a ser dito, eles só precisavam sentir. 
As palavras ficaram por conta do rádio do carro que tocava um dos cantores favoritos dela...

"Sei lá, tanta coisa eu tenho aqui pra te dizer...

Tanta coisa eu tenho em mim pra falar pra você.
Tanta coisa eu tinha mas não tenho mais, tanta coisa que ficou pra trás, mas agora vai.
Agora vai ficar meio ridículo, como todas as cartas de amor, que eu nunca te escrevi.
Agora, se você tivesse aqui, se você quisesse ouvir, agora, se você pudesse me seguir, eu ia te levar pra conhecer todo aquele sentimento que eu não soube te dizer.
Se você pudesse vir, se você pudesse ver, aqui dentro, onde o tempo não soprou o vento que faz esquecer, eu ia dizer tudo de uma vez...
Não sei, eu acho que eu não ia dizer nada.
Ou fazia tudo ao mesmo tempo, gritando o meu silêncio na nossa voz calada...". 


Ao som de Gabriel o Pensador eles juraram não perder nem mais um minuto, pois se o que eles precisavam era certeza, hoje em dia eles não tem mais dúvidas! 

"Obrigada, menina por ter me escutado depois de tanto tempo. Hoje eu já não bato amargurado!"
Ass: Seu coração
Thais Campidelli de Freitas
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Mais uma vez aquele coração remendado forçou suas costuras, quase arrebentou as linhas que o mantêm inteiro e se encheu daquela sensação esquisita e gostosa que faz com que sintamos cócegas na barriga – são as tão famosas borboletas do tipo das que vivem no meu estômago.

Pela primeira vez aquela mente cheia de ramificações, pensamentos, sentimentos confusos e apressados, desacelerou!

Parou de correr à frente e percebeu que é melhor receber um pingo de chuva de cada vez!  
Entendeu que dar um tiro de 100 metros e sair colhendo todos os pingo cansa, embaça a vista e molha muito mais do que se estivesse parada esperando cada pingo acertar-lhe ou não.  

O coração descobriu que mesmo colorido e estampado por cada pedaço de retalho, pode sim bater diferente, assim como bateu nesses últimos tempos.
Ele era tão descrente, vivia tão vazio e ao mesmo tempo tão cheio de passado.

Deixou com que um espaço se abrisse para que o novo entrasse e mesmo que discretamente deixou-se levar pelo que sentia e esqueceu todo receio e medo que já faziam parte daquilo que ele se tornara.

Entendeu que a graça de não saber o que vai acontecer é justamente a surpresa que o mistério pode trazer, porém sentiu que mesmo sem esperar nada, a surpresa pode não ser aquela que nos deixará mais feliz. Paciência!

Ah! A paciência! Depois de aprender a conviver com ela o pobre coitado teve de compreender que as “surpresas” nem sempre chegam devagar e de vez em quando vêem como um pé na porta ou melhor um pé no peito mesmo.  Peito este que serve de abrigo para este teimoso pulsante.

Nesse momento é preciso reforçar as linhas e colocar mais um retalho por cima do buraco que se abriu para que a novidade pudesse entrar.

É hora de reprogramar a mente para que ela não entre no ciclo vicioso de achar que “as coisas são assim mesmo” e que não acredite que tudo sempre termina com um “é melhor assim” ou  um “melhor agora”.

É tempo de virar mais uma página de um livro que ainda tem muitas folhas em branco esperando “ansiosamente” para serem escritas...
Iniciando sempre com um “Era uma vez...” e não com um “Mais uma vez” porque o que esse coração desajeitado quer é sempre tudo novo, de novo!

Thais Campidelli de Freitas
Thais Campidelli de Freitas

Então vai lá garota, joga as velhas roupas fora e junto com elas tudo aquilo que já se acostumou com a sua forma de ser e estar. Conheça novos lugares, descubra novos sabores e abrace outros amores.
Conheça gente nova e redescubra os velhos amigos.
Sorria outros risos e sinta o gosto da mudança.
Divirta-se com a novidade e se entregue de verdade a esse surpreende e delicioso mistério de ser o que se é.
Eu sei que não é fácil se mostrar de cara limpa, mas você verá que é incrivelmente gostoso poder rir sem censurar-se até os olhos marejarem.
Vai perceber que o choro solto, sem culpa e sem vergonha é aquele que move milhões de litros de angustia e mágoa dentro de você.
Descobre que esse é o choro que te leva de volta pra areia e te tira do mar aberto das dúvidas e incertezas.
De confusão o mundo já tá cheio e criar um vulcão dentro de você não vai ajudar.
Portanto abrace mais, saia da posição defensiva na qual vive e deixe-se surpreender por um abraço apertado de quem te quer bem.
Conforte-se nas pessoas que motivam seu coração e sinta o cheirinho da amizade toda vez que deitar seu rosto nos ombros de alguém.
Pare de julgar-se o tempo inteiro e principalmente tente cobrar-se menos.
Dê descanso aos seus pensamentos.
Pare de pensar por um tempo...
Chega de se esconder atrás de coisas que criaram pra você e te deixam pra baixo, isso não tem nada a ver com você!
Sinta a vida, na verdade você precisa sentir-se mais leve!
Por que sentir tudo à flor da pele eu já sei que você sente.
Acredite nas pessoas, você também é digna de elogios e cuidados.
As pessoas te enxergam e agora pra continuar é necessário apenas que você abra os seus olhos!!!!!

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Thais Campidelli de Freitas
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Tem dias que eu te persigo nas lembranças e tem dias que eu te esqueço.
Também são tantas coisas pra fazer, tantas pessoas, tantas obrigações e alguns direitos...
Depois de esquecer paro e penso como eu fui capaz de viver tanto tempo sem lembrar.
Quando lembro me pego com vontade de te encontrar.
Encontro esse que jamais aconteceria, porque no fundo eu não gosto de querer te ver.
Por saber que talvez as coisas nunca mudem e nunca possamos mais ser, como já não somos!
Fico imaginando o que pensas nesses dias que viram a folhinha do calendário e contam o tempo.
São quadrinhos e quadrinhos um atrás do outro que se repetem...
Todos eles não voltam mais e já foram marcados por um X.
Vivo de sonhos que se passam em lugares que ficaram presos no passado, junto das pessoas que faziam parte daquele cenário.
São coisas que não existem mais.
Gostaria de saber o que sentiria ao saber que este blog em seu contexto geral é inspirado em você.
Inspirado nessa vontade desmedida e questionada que ronda o meu coração.
Hoje acordei mais uma vez com a sensação de ter mergulhado no teu abraço e de ter esquecido tudo de ruim que possa ter acontecido.
Não lembrei do presente e do que somos hoje.
Tem dias que eu vivo um flash em algum lugar do passado.